Criptomoedas: Justiça de SP bloqueia R$ 1,7 milhão de Willian Bigode
Atacante Willian Bigode teve valores bloqueados pela Justiça paulista a pedido do lateral Mayke, do Palmeiras, no caso das criptomoedas
atualizado
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São Paulo — A Justiça paulista bloqueou R$ 1,7 milhão das contas bancárias do jogador de futebol Willian Bigode, que hoje defende o Athletico Paranaense.
A decisão foi tomada pelo juiz Christopher Roisin, da 14ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a pedido do jogador Mayke, lateral-direito do Palmeiras.
Mayke alegou à Justiça que investiu cerca de R$ 4,6 milhões em uma aplicação de criptomoedas feita pela empresa Xland Holding, em 2022, por indicação de Willian Bigode, de quem foi parceiro de clube no Palmeiras.
O mesmo investimento foi feito pelo meia Gustavo Scarpa, ex-parceiro de Willian no alviverde paulista e atualmente no Nottingham Forest, da Inglaterra, que também processou o atacante porque não conseguiu resgatar o valor investido em criptoativos.
No caso de Mayke, o lateral palmeirense cobrou uma restituição de R$ 7,8 milhões em relação ao investimento feito, dos quais R$ 3,2 milhões seriam da “rentabilidade” da aplicação. O jogador havia solicitado o resgate do investimento mais de uma vez à empresa.
A ação de rescisão contratual e restituição do dinheiro foi movida por Mayke contra a Xland, seus dirigentes, e a WLCJ Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., empresa de Willian Bigode parceira da Xland, responsável pela gestão dos criptoativos.
Como não foram encontrados bens e valores na conta da empresa de Willian, o juiz determinou no último dia 10 de abril o bloqueio de até R$ 7.834.232,61 nas contas do jogador de outras pessoas envolvidas. No último dia 12, foram bloqueados o valor de R$ 1,7 milhão encontrados na conta do atleta.
Após o caso vir à tona, Willian Bigode se manifestou por das redes sociais dizendo que também foi “vítima” da Xland, onde teria investido R$ 17 milhões. “Não sou dono e nem sócio da Xland e muito menos golpista. Até porque, eu não peguei o dinheiro de ninguém. Eu sou vítima”.