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Crime organizado não abre mão do Estado, diz ministro Silvio Almeida

Titular dos Direitos Humanos participou do Encontro Anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em Recife nesta quarta-feira (14)

atualizado

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William Cardoso
Imagem colorida de um ministro em um púlpito
1 de 1 Imagem colorida de um ministro em um púlpito - Foto: William Cardoso

Recife — O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou nesta quarta-feira (14/8), em Recife (PE), durante o Encontro Anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que o crime organizado não abre mão do Estado e que direitos humanos não são incompatíveis com segurança pública.

“O crime organizado não abre mão do estado. O crime não pode se tornar organizado se ele não se conecta ao Estado, porque só o Estado pode fazer algumas coisas, universalizar algumas ações, se estender dentro de um território e criar procedimentos”, disse.

Almeida disse também que o crime organizado depende, de alguma maneira, do Estado. “O crime organizado precisa hoje tomar conta de algumas posições para desarticular, desmontar o Estado”, afirmou.

O ministro ainda afirmou que não existe incompatibilidade entre uso da força e direitos humanos, dirigindo-se diretamente a agentes de segurança pública. Também disse que apontar a incompatibilidade entre segurança pública e direitos humanos “é jogar a polícia contra o Estado”.

“Não caiam nessa história de que falar de direitos humanos é empecilho para o exercício regular das suas atividades. Não é isso”, apontou.

“Como as pessoas vão confiar no estado brasileiro se ele coloca as pessoas em risco a todo momento? Se não cuida como é o dever do estado fazer?”, afirmou. “Se há desrespeito sistemático dos direitos, as pessoas não confiam”, declarou.

Ao falar sobre sistema prisional, Almeida afirmou que as mesmas pessoas que o criticaram, dizendo que fazia “rolezinho” em presídios, apontaram as condições de penitenciária para os presos do 8 de janeiro.

Controle da força policial

Almeida também criticou quem tem os Estados Unidos como exemplo, mas não aprova o controle da força policial. “O sujeito gosta dos Estados Unidos, mas não gosta, por exemplo, da ordem democrática dos Estados Unidos, inclusive na utilização do uso da força pelos agentes do estado”, opinou.

“Eles gostam, sei lá, de caubói, Marlboro, de filme de faroeste, que eu também gosto bastante. São confederados”, disse, citando os estados sulistas norte-americanos na Guerra Civil.

Por fim, Silvio Almeida citou as diversas denúncias que chegam a seu gabinete feitas pelos policiais, sobrecarregados mentalmente.

O 18º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que acontece até quinta-feira (15/8), debate os desafios e caminhos para que a segurança seja tratada como um direito fundamental. Participam do evento profissionais da segurança pública e do sistema de Justiça, gestores públicos, acadêmicos, pesquisadores e organizações da sociedade civil.

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