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“Não viemos pra brincar”, diz criador do 1º Congresso Político de PMs

Congresso deu dicas para que PMs tenham sucesso em candidaturas para eleições deste ano; cerca de 100 pessoas participaram do evento

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1 de 1 congresso politico pm sp - Foto: Jéssica Bernardo/ Metrópoles

São Paulo Policiais militares (PMs) que desejam se candidatar às eleições deste ano participaram neste sábado (22/6) do 1º Congresso Político da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar de São Paulo.

Criado com o objetivo de apoiar os PMs na empreitada política, o evento recebeu pré-candidatos – militares e não-militares-, assessores e equipes de parlamentares da chamada Bancada da Bala.

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1º Congresso Político da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar de São Paulo
Participantes cantam hino nacional
Cerca de 100 pessoas participaram do 1º Congresso Político de PMs
Evento apresentou dicas de como ter sucesso em candidaturas eleitorais
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Participantes chegam a congresso de PMs

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1º Congresso Político da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar de São Paulo

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Participantes cantam hino nacional

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Cerca de 100 pessoas participaram do 1º Congresso Político de PMs

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Evento apresentou dicas de como ter sucesso em candidaturas eleitorais

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Na abertura do congresso, o presidente da associação e principal responsável pela idealização do evento, tenente Írio Trindade de Jesus, defendeu a união da categoria para aumentar a representatividade do grupo nos poderes legislativo e executivo.

“Nós não viemos para cá hoje pra brincar. Viemos pra cá fazer política séria, de respeito. Juntos podemos chegar ao número de 600 mil votos”, disse Írio.

Como mostrou o Metrópoles em maio, a associação vai oferecer uma espécie de consultoria para levar mais policiais à política. O grupo não tem uma meta definida de eleitos, mas Írio afirma que o ideal é ter pelo menos um vereador em cada um dos 645 municípios paulistas.

Para isso, a entidade criou uma estratégia que inclui, além do congresso, o oferecimento de um time de especialistas para tirar dúvidas de todos os policiais pré-candidatos.

“O grupo é composto por um cientista político, advogados com especialização em direito eleitoral e direitos humanos, um comunicador institucional, um profissional de marketing político e uma empresa de contabilidade especializada em política”, afirma ele.

Os profissionais ficarão disponíveis para conversar com os pré-candidatos em um grupo de WhatsApp e não cobrarão pelo serviço de consultoria. Írio afirma que o projeto existe pelo menos desde 2016 e já teve algumas experiências, mas funcionará plenamente pela primeira vez neste ano.

A ideia é que os candidatos atuais também possam se tornar aliados na busca por votos para colegas nas eleições de 2026. O congresso deste sábado foi o primeiro passo desta articulação.

O evento recebeu o apoio de mais de dez empresas de diferentes segmentos, entre eles uma loja de armas, uma agência de turismo religioso e até uma marca de bombas de água. O nome mais conhecido entre os apoiadores foi o da rede de mercados Sam’s Clube.

Antes de o evento começar, policiais falavam em rodinhas sobre as disputas em suas cidades e os partidos aos quais pertenciam. O Metrópoles identificou filiados do PL, Novo e Progressistas.

Ausência de deputados convidados

Apenas um deputado, dos quinze convidados pela organização, participou do congresso durante a manhã de sábado: o Coronel Telhada (Progressistas), ex-tenente das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Ele deu uma palestra com dicas práticas para as candidaturas, como a de que os policiais invistam nas redes sociais para conquistar votos. O parlamentar aconselhou os colegas a publicarem conteúdos de política de forma espaçada.

“Tem que falar coisas amenas, coisas suaves, por foto de cachorrinho também”, disse ele, explicando que as publicações sobre política deveriam aparecer aos poucos para não afugentar possíveis eleitores.

Cabo da ativa na PM há 18 anos e pré-candidato a vereador pela primeira vez, Milton Junior (Novo) afirmou que o evento ajudou novatos como ele. “Eu nunca fui político, sou policial militar. Não tenho o direcionamento, né?”, disse ele. “E quanto mais representatividade a gente tiver nas cidades melhor”.

A participação de PMs na política é vista com receio por especialistas, que alertam para o risco dos batalhões se tornarem espaços de disputa de voto, dando tom político a ações de segurança.

Também presente no evento, o vereador de Campinas Major Jaime (Progressistas) nega que haja politização da Polícia Militar.

“A nossa instituição é muito séria e organizada. O comando da Polícia Militar e os próprios policiais entendem e conseguem fazer essa separação da polícia e da política”, diz ele, que afirmou que a politização, na verdade, é feita por nomes ligados à esquerda, que atuam no funcionalismo público.

Segundo a organização, o evento deste sábado recebeu as inscrições de 280 pré-candidatos, entre PMs e pessoas de outras áreas. Durante a manhã, cerca de 100 pessoas acompanharam a primeira palestra, entre pré-candidatos e outros participantes.

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