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Craniotomia: entenda o que é procedimento ao qual Lula foi submetido

Craniotomia envolve a remoção de parte do osso craniano para acessar o cérebro. Lula foi transferido às pressas para hospital em SP

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1 de 1 Imagem colorida do presidente Lula de lado - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo — A craniotomia, procedimento ao qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi submetido na noite desta segunda-feira (9/12), envolve a remoção de parte do osso craniano para acessar o cérebro. Lula foi levado às pressas para o hospital Sírio Libanês em Brasília, onde fez uma ressonância que mostrou uma hemorragia intracraniana decorrente da queda que levou no dia 19/10.

O presidente foi, então, transferido para São Paulo e operado de emergência para drenar a hemorragia.

O neurologista Diogo Haddad explica que a craniotomia é indicada em casos de tumores cerebrais, infecções, lesões cerebrais traumáticas, como hematomas subdurais, ou para tratar hemorragias intracranianas.

“O principal objetivo é aliviar a pressão no cérebro causada pelo acúmulo de sangue. Isso é crucial para prevenir dano cerebral adicional e ajudar a restaurar a função normal do cérebro”, afirma Diogo Haddad, médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Sequelas pós-cirurgia

As sequelas após uma craniotomomia, segundo Haddad, podem incluir fraqueza, problemas de memória, dificuldades cognitivas, mudanças de humor ou personalidade, e, em alguns casos, déficits neurológicos permanentes, dependendo da área do cérebro afetada.

A cirurgia à qual Lula foi submetido transcorreu sem intercorrências, segundo o Hospital Sírio Libanês em São Paulo. No momento, o presidente encontra-se bem, sob monitorização em leito de UTI.

Lula está sob os cuidados dos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Queda ao cortar unhas

No dia 19/10, o presidente Lula caiu no banheiro, no Palácio do Alvorada, enquanto cortava as unhas. Na ocasião, ele bateu a cabeça, teve um traumatismo craniano e um pequeno sangramento no cérebro.

O presidente estava sentado num banco, inclinou o corpo para a frente, para cortar a unha do pé, e, quando voltou, o banco inclinou e ele caiu. Ele levou cinco pontos na altura da nuca.

Desde então, o presidente passa por monitoramento constante em função da gravidade da queda. Diante do acidente, Lula diminuiu o ritmo de trabalho e cancelou vários compromissos.

 

 

 

 

 

 

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