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Cracolândia tem manhã tranquila após movimentação de fluxo e protesto

Após novo deslocamento do fluxo de usuários e protesto de moradores, região da Cracolândia não registra ocorrências nesta sexta (10/11)

atualizado

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Imagem colorida mostra grupo de pessoas segurando cartazes em protesto contra o movimento do fluxo de usuários da Cracolândia, no centro de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra grupo de pessoas segurando cartazes em protesto contra o movimento do fluxo de usuários da Cracolândia, no centro de São Paulo - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — Após um dia conturbado, a região da Cracolândia, no centro de São Paulo, teve uma manhã “tranquila” e sem ocorrências policiais durante a madrugada e início de manhã desta sexta-feira (10/11). Nessa quinta (9/11), o dia foi marcado pela movimentação do fluxo de usuários para a Rua Mauá, que foi bloqueada por um protesto de moradores.

De acordo com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), o fluxo segue concentrado na Rua dos Protestantes, esquina com a Rua General Couto Magalhães, a 200 metros da Rua Mauá — a via possui duas portas de acesso à Estação da Luz, um dos principais pontos de integração do transporte sobre trilhos da capital paulista. São três linhas de trem e mais duas de metrô no local.

A movimentação do fluxo motivou o  protesto de um grupo ligado ao Movimento de Moradia na Luta por Justiça (MMLJ) no final da tarde de quinta-feira. A manifestação bloqueou o começo da Rua Mauá, na entrada da estação, com o objetivo de impedir a passagem de usuários para o local.

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Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Guardas municipais observam movimento de dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
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Segundo Ivaneti Araújo, coordenadora do MMLJ, o deslocamento dos usuários de drogas para a rua atrapalha o direito de ir e vir das pessoas e até tarefas rotineiras, como a retirada de lixo das casas. Ela diz que os usuários são tão vítimas quanto eles, mas a situação é insustentável.

“Existe uma política de carregar o povo em situação de rua de um local para outro, não tem um atendimento digno para essa população. Estamos aqui há mais de 18 anos, temos crianças que precisam ter acesso a escolas, famílias com direito de ir e vir e agora estamos aqui limitados, com nossos direitos violados. A gente não consegue nem jogar o lixo na rua. Eles usam drogas e o cheiro entra para dentro do prédio.”

 

Invasão

Na terça-feira (7/11), dezenas de usuários de crack entraram em confronto com forças de segurança após invadirem a estação por um portão lateral, que normalmente fica fechado. Imagens gravadas por quem vive nas proximidades mostram a invasão, por volta das 23h14.

Antes de se tornar vizinho da Estação da Luz, o fluxo de usuários durante a noite se concentrava na esquina da Rua dos Gusmões com a Avenida Rio Branco. A presença crescente de usuários criou um cenário de insegurança. No último dia 22 de outubro, um motorista atropelou 16 dependentes químicos e alegou à Polícia Civil que tentava fugir após um assalto sofrido no local.

Autoridades

Sempre que questionada, a Prefeitura de São Paulo afirma que a aglomeração de usuários tem dinâmica própria e não é conduzida pelas autoridades.

Indagada sobre a insegurança no entorno da estação da Luz, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) disse que os acessos da Rua Mauá, que atende as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral da CPTM, seguem fechados por questões de segurança.

“A CPTM mantém à disposição dos passageiros o acesso à estação pelo Parque da Luz e pelo Boulevard João Carlos Martins (que liga a estação à Sala São Paulo). Os funcionários da estação estão preparados para orientar os passageiros quanto a estes acessos.”, disse, em nota.

Ainda não há previsão de reabertura dos portões da Rua Mauá.

 

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