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Cracolândia: soldado da PM é condenado a 11 anos de prisão por tráfico

O soldado da PM está preso por tráfico desde agosto de 2023, após polícia encontrar 3,2 quilos de maconha em uma oficina na Cracolândia

atualizado

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Imagem colorida de policial militar preso acusado de vender entorpecentes na Cracolândia. Ele é um homem pardo, de cabelo curto e está de uniforme - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de policial militar preso acusado de vender entorpecentes na Cracolândia. Ele é um homem pardo, de cabelo curto e está de uniforme - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou o soldado da Polícia Militar (PM) Geovany Jorge Alves da Silva Júnior, 37 anos, a 11 anos, 2 meses e 12 dias de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas na Cracolândia, no centro da capital paulista. A defesa recorreu da sentença.

O comparsa Rafael Barbosa Lopes Santos de Jesus, que é acusado de usar sua oficina de automóveis para esconder a droga que era vendida na Cracolândia, também foi condenado por tráfico e deve cumprir pena de 8 anos de prisão. A sentença contra o PM, obtida pelo Metrópoles, foi proferida na segunda-feira (18/3).

O soldado era lotado no 13º Batalhão da PM e trabalhava como motorista do comandante, o tenente-coronel Armando Luiz Pagoto Filho, por quem havia sido laureado menos de um mês antes de ser preso em flagrante. O comandante foi transferido após o episódio

Geovany foi detido em 17 de agosto de 2023, após a polícia encontrar cinco tijolos de maconha, ou cerca de 3,2 quilos, em um carro particular do soldado que estava na oficina de Rafael.

O estabelecimento fica na Alameda Dino Bueno, próximo ao Batalhão da PM e ao “fluxo”, como é chamada a concentração de usuários de drogas na região.

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Soldado da PM foi preso em flagrante pro tráfico de drogas na Cracolândia
Usuários da Cracolândia invadem loja na Rua Santa Ifigênia, em São Paulo
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Fluxo noturno de usuários na Rua dos Gusmões, na Cracolândia, em São Paulo
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Soldado da PM recebeu láurea no mês anterior à prisão por tráfico

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Soldado da PM foi preso em flagrante pro tráfico de drogas na Cracolândia

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Usuários da Cracolândia invadem loja na Rua Santa Ifigênia, em São Paulo

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Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia

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Fluxo noturno de usuários na Rua dos Gusmões, na Cracolândia, em São Paulo

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Sentença

Na sentença, a juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 23ª Vara Criminal do Foro da Barra Funda, decidiu que os condenados devem permanecer presos durante o julgamento dos recursos, mandou o soldado devolver o distintivo e as algemas e também determinou a destruição das drogas apreendidas.

Em juízo, Geovany negou envolvimento com tráfico de drogas e afirmou que só falava com Rafael sobre carros. Ele costumava indicar a oficina até para serviços de viaturas do 13º Batalhão.

O soldado da PM, no entanto, acabou delatado por Rafael como o responsável pelas drogas encontradas no local. Na hora da prisão, Geovany também estava com 1,5 mil euros (R$ 8 mil) e não soube explicar a origem do dinheiro.

O processo na justiça comum reuniu, ainda, o depoimento de 11 testemunhas e o interrogatório dos dois réus.

“A prova efetivamente estabelece que Rafael e Geovany vinham associados para a prática do crime de tráfico de drogas, usando os veículos mantidos pelo segundo na oficina do primeiro para esconder e guardar drogas, superando em muito a duração da sociedade de comparsaria eventual”, escreveu a magistrada, na decisão.

Em âmbito militar, Geovany também foi investigado, mas acabou inocentado no inquérito.

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