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Cracolândia: fluxo de usuários vira vizinho da Estação da Luz em SP

Cracolândia tem mudança do fluxo de usuários para a Rua Mauá, onde fica o muro da Estação da Luz na região central de São Paulo

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São Paulo — O fluxo de usuários da Cracolândia foi deslocado no fim da tarde desta terça-feira (8/11) para a Rua Mauá, ao lado da Estação da Luz, na região central de São Paulo. Centenas de usuários estavam aglomerados no local, cercados por guardas civis metropolitanos. Por volta das 20h, parte deles havia se dispersado pela região.

Na terça (7/11) à noite, usuários chegaram a invadir a Estação da Luz por um portão lateral, com correria e confusão em várias ruas da Cracolândia.

Antes da mudança promovida nesta semana, os usuários de crack eram deslocados durante a noite para a Rua dos Gusmões, nas proximidades da Avenida Rio Branco, há cerca de 600 metros da Rua Mauá. A aglomeração agora estava colada ao muro da Estação da Luz, na quadra entre a Avenida Cásper Líbero e a Rua General Couto de Magalhães, onde fica a sede da GCM.

Nas últimas semanas, o fluxo da Cracolândia avançou também sobre a Rio Branco e houve, inclusive, o atropelamento de 16 pessoas no dia 22 de outubro, um domingo à noite. Segundo a polícia, o motorista foi vítima de um roubo, estava com uma criança no carro e atropelou os usuários durante a tentativa de escapar do local.

A Prefeitura de São Paulo chegou a colocar grades no cruzamento da Gusmões com a Rio Branco, ensaiou um recuo de cerca de 30 metros para preservar as proximidades com a avenida, mas não foi encontrada uma solução.

A mudança da Cracolândia para as proximidades da estação de trem e metrô desagradou moradores do Residencial Luz, que já sofriam com o fluxo de usuários na Rua dos Protestantes no período diurno.

“É um absurdo. É o único caminho que tenho pra ir pra a Linha Amarela [de metrô]. Todos os moradores do condomínio e região passam nessa rua”, afirma uma designer, de 32 anos, moradora do condomínio. “Vão fazer a gente, à noite, usar a saída da Pinacoteca e Parque Luz. Ninguém está nem aí para os moradores estarem correndo risco, terem que passar no meio do fluxo ao saírem do trabalho e chegarem em casa”, diz.

Já um morador da Rua dos Gusmões, de onde o fluxo foi removido, aprova a mudança, o que mostra a complexidade da situação. Todos os dias, no início da noite, usuários deixavam a Protestantes e passavam em frente ao seu prédio em direção à esquina com a Rio Branco . “Essa movimentação para a Rua Mauá muda uma dinâmica que há meses prejudicava os moradores e comerciantes”, diz. “Agora o deslocamento é menor”, diz um atendente de 30 anos.

Questionada sobre os problemas relacionados à proximidade entre fluxo de usuários e a estação, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) disse que os acessos da Rua Mauá, da Estação da Luz, que atende as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral, estão fechados por questões de segurança.

“Os passageiros podem utilizar os acessos da Praça da Luz e Sala São Paulo, pelo Boulevard João Carlos Martins, que estão funcionando normalmente e não houve interferência na operação das linhas”, diz, em nota.

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