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CPI na Alesp tem bate-boca e comparação de criança trans com “gato vegano”

CPI do Tratamento para Transição de Gênero em Crianças e Adolescentes no Hospital das Clínicas foi proposta pela base de Tarcísio na Alesp

atualizado

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Carol Jacob/Alesp
Auditório na Alesp, com duas bancadas de frente uma para a outra e uma terceira ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Auditório na Alesp, com duas bancadas de frente uma para a outra e uma terceira ao fundo - Metrópoles - Foto: Carol Jacob/Alesp

São Paulo – A primeira sessão da CPI sobre transição de gênero em crianças e adolescentes, realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta quarta-feira (14/6), teve bate-boca entre os deputados, disputas ideológicas, acusações de “lacração” e a comparação de crianças em processo de transição com “gatos veganos”.

O objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito, proposta pelo deputado bolsonarista Gil Diniz (PL), é o de investigar 280 procedimentos de transição de gênero em menores de idade feitos pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

Vice-líder do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Alesp, o deputado Guto Zacarias (União Brasil) deu início a uma discussão após dizer que “criança trans não existe”.

“Criança trans é igual a gato vegano: todo mundo sabe que quem está fazendo essa escolha é o pai, uma mãe, um irresponsável que está impondo uma questão ideológica”, declarou o deputado, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

“Já entendi que muitos deputados da oposição vão tentar trazer essa CPI para outro lado, para dizer que a direita é homofóbica, que a direita é machista”, acrescentou.

Na sequência, a deputada Analice Fernandes (PSDB) pediu a palavra para dizer que a comissão é suprapartidaria: “O tema aqui não é esquerda e nem direita, o tema aqui é uma questão de hormonioterapia”.

Guilherme Cortez, deputado do PSol, declarou que a fala de Guto Zacarias foi “repleta de chavões e tentativa de lacrar”.

Bolsonarista quer proibir transição de gênero em menores de idade

Eleito presidente da CPI, Gil Diniz foi questionado por deputados do PT e do PSol se não interromperia a fala de Guto Zacarias.

“Os deputados que discordam da CPI puderam se manifestar, expor suas decisões. Mas se eu corto a palavra do deputado Guto Zacarias, ele pode me acusar de racismo e eu saio dessa CPI acusado de racista por cortar a palavra de um deputado negro. Vejam a situação a que estamos chegando. Não vou cercear os deputados”, disse ele.

A comissão também elegeu o deputado Tenente Coimbra (PL) como relator. Em um acordo entre base e oposição, a vice-presidência ficou com a deputada Beth Sahão (PT).

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