CPI na Alesp convoca presidente da Enel a depor em 14/11 sobre apagão
Cinco dias após o temporal que provocou a falta de energia, ainda há 11 mil imóveis sem luz na Grande São Paulo, segundo a Enel
atualizado
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São Paulo – A CPI da Enel na Assembleia Legislativa (Alesp) aprovou a convocação do presidente da empresa, Max Xavier Lins, e de dois executivos da companhia no Brasil para prestarem depoimento sobre o apagão ocorrido na Grande São Paulo.
Cinco dias após o temporal que provocou quedas de árvores, alagamentos e a falta de energia, ainda há 11 mil imóveis sem luz na região metropolitana, segundo a Enel, que havia prometido restabelecer 100% da energia até a noite de terça-feira (7/11). Ao todo, 2,1 milhões de imóveis foram afetados pelo apagão desde sexta-feira (3/11).
A convocação aos diretores da Enel, concessionária de fornecimento de energia elétrica, ocorreu na manhã desta quarta, durante sessão da CPI. Max Xavier Lins prestará depoimento na próxima terça-feira (14/11), às 9h30, e Nicola Cotugno na quinta (16/11), no mesmo horário.
Inicialmente, Lins havia sido convidado a depor na CPI, mas o presidente da comissão, o deputado Thiago Auricchio (PL), protocolou um requerimento para que o convite se tornasse uma convocação. Nesta quarta-feira, o presidente da Enel pediu desculpas pelo corte prolongado de energia.
“Já havíamos aprovado o convite para que o Max Vieira Lins viesse na CPI e explicasse todos os problemas identificados por nós. No entanto, o episódio do dia 3/11 transformou esse convite em convocação porque é inaceitável o que ocorreu e infelizmente não foi a primeira vez”, disse Auricchio.
Já o diretor Nicola Cotugno foi convocado após dizer em entrevista à Folha: “Não é para nos desculparmos, não [pela falta de energia]. O vento foi absurdo”.
Também foram aprovadas as convocações de Sandoval Neto, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Marcus Bonini, presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).
Além disso, a CPI aprovou convites para que sejam ouvidos os prefeitos das 24 cidades atendidas pela Enel, incluindo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e que os cidadãos prejudicados pela falta de luz sejam indenizados em até 60 dias.