São Paulo – O estado de São Paulo tem apenas 33% das doses da vacina Pfizer Baby necessárias para imunizar contra Covid-19 bebês de 6 meses a 2 anos de idade com comorbidades – imunossuprimidos ou com deficiência permanente – e indígenas.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebeu, em novembro, 206 mil unidades do único imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado nessa faixa-etária.
No entanto, o órgão estima que a população de crianças de 6 meses a 2 anos no estado de São Paulo é de 1,3 milhão, sendo que cerca de 195 mil possuem pelo menos uma comorbidade.
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção
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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais
Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador
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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus
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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor
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Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados Unidos
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Secretaria Estadual da Saúde
“Portanto, considerando a necessidade de três doses do imunizante, a pasta estadual havia solicitado ao Ministério da Saúde 615 mil doses”, afirma a Secretaria de Estado de Saúde.
De acordo com o governo paulista, as vacinas já foram distribuídas para todos os municípios, que são responsáveis por definir as estratégias de vacinação do público-alvo, organizar o cronograma e gerenciar os estoques.
Com as 206 mil doses que já estão nas cidades paulista, será possível imunizar apenas 68 mil crianças. Assim, o estado ainda não tem previsão para receber mais unidades da vacina para proteger contra o coronavírus 127 mil bebês com comorbidades.
“A SES segue cobrando envio de novas doses para atender toda a população elegível”, destaca a pasta.
Ministério da Saúde
Atualmente, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO) contra Covid-19 recomenda a vacinação para crianças de seis meses a menores de 3 anos de idade com comorbidades.
O Ministério da Saúde confirmou que foram enviadas 206,3 mil unidades da vacina pediátrica para o estado de São Paulo. No País todo, o órgão disponibilizou 1 milhão de doses do imunizante a esse público.
“As vacinas são enviadas de maneira proporcional e igualitária para todos os estados e DF”, disse o MS em nota. “A distribuição de novos lotes leva em consideração o ritmo de vacinação desse público e o avanço do número de doses aplicadas”, complementa.