Costureira preparava pizza para comer com assassino antes de morrer
O desempregado Bruno Luis de Oliveira Pinto, de 40 anos, confessou ter matado vítima; corpo foi encontrado com roupa íntima na boca
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A costureira Ana Lucia Tozzini, de 65 anos, pretendia comer minipizzas e pediu para seu assassino ralar queijo sobre discos de massa instantes antes do homicídio, na tarde desse domingo (3/3), em Mogi Mirim, interior de São Paulo. Como mostrado pelo Metrópoles, ela foi encontrada por familiares com o rosto dilacerado e com roupas íntimas dentro da boca.
Isso foi afirmado, em depoimento, pelo desempregado Bruno Luis de Oliveira Pinto, de 40 anos, após ele ser preso, tentando fugir para a capital paulista. O homem confessou o assassinato à Polícia Civil.
O assassino confesso afirmou que estava embriagado na casa da costureira, para a qual havia solicitado um serviço. Ele a matou com socos no rosto e asfixiando-a com roupas íntimas na boca, segundo análise preliminar da perícia. Depois, furtou itens da vítima, a grande maioria de higiene pessoal, e saiu da casa.
Uma câmera de monitoramento registrou a movimentação de Bruno na parte externa da residência de Ana. Com base nas imagens, policiais militares começaram a procurar por ele. O desempregado foi encontrado na rodoviária da cidade vizinha de Mogi Guaçu. Ao avistar os PMs, ele teria tentado fugir, sem sucesso.
Procurou amigo após homicídio
Um auxiliar de serviços gerais, de 29 anos, afirmou ser amigo de Bruno e também morar perto da vítima, a qual conhecia desde a infância.
Segundo seu depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso, o assassino foi até o portão da casa do auxiliar, logo após o crime, onde “começou a chorar” segurando uma garrafa de vinho.
“Ele ficou dizendo que os familiares não o aceitavam por ser gay”, afirmou o amigo. A testemunha acrescentou que o criminoso “estava fora de si”.
O assassino também carregava dois sacos de lixo, ainda segundo o auxiliar, além de uma mochila. Posteriormente, constatou-se que os itens furtados da costureira estavam nessa bolsa.
Em seguida, Bruno pediu para o amigo chamar um Uber, para levá-lo até a rodoviária. Ele embarcou no carro e foi embora. A reportagem apurou que o criminoso já havia sido indiciado ao menos outras duas vezes, uma por roubo e outra por injúria.
A morte da costureira foi registrada como latrocínio (roubo seguido de morte).