Corpos de vítimas do helicóptero serão resgatados neste sábado, diz PM
A Polícia Militar suspendeu a remoção dos corpos na noite desta sexta devido à falta de visibilidade devido ao horário e mau tempo na região
atualizado
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São Paulo – A Polícia Militar (PM) confirmou, na noite desta sexta-feira (12/1), que deve fazer a remoção dos corpos das vítimas do acidente com o helicóptero na cidade de Paraibuna, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, na manhã deste sábado (13/1), “considerando as condições meteorológicas e o nascer do sol”.
A corporação suspendeu os trabalhos na noite desta sexta devido à falta de visibilidade pelo horário e o mau tempo na região.
Os destroços do helicóptero Robinson 44, de prefixo PR-HDB, foram encontrados em uma região de mata fechada pela PM paulista, na manhã desta sexta, o 12º dia de buscas. A polícia vai preservar a área da queda. Em nota, a PM informou que vai manter uma equipe na mata durante a madrugada para preparar a área para a remoção dos corpos.
A Polícia Militar atua na ocorrência com três helicópteros, além do policiamento de área da região e do policiamento ambiental.
O acidente
O helicóptero modelo Robinson 44 foi encontrado nesta sexta-feira (12/1) após 12 dias de buscas. O aparelho desapareceu na Serra do Mar, no dia 31 de dezembro. Morreram no acidente o piloto Cassiano Teodoro, 44 anos, e os três passageiros: Raphael Torres, 41; Luciana Rodzewics, 45; e Letícia Ayumi, 20.
A aeronave partiu do Campo de Marte, na capital paulista, em direção a Ilhabela, no litoral norte, na véspera do Ano-Novo. O último registro no radar havia sido por volta de 15h20 do dia 31 de dezembro. Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia enviou mensagens ao namorado avisando sobre as más condições climáticas. Ela gravou um vídeo em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem visibilidade.
A análise dos celulares havia sido feita pela equipe de aviação da Polícia Civil ao longo dessa quinta-feira (11/1). Segundo o delegado Paulo Sérgio Reis Mello, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), apenas com tempo favorável, o que ocorreu na quinta, esse trabalho foi possível.
“Para fazer uma triangulação e encontrar o local dos celulares, é preciso três antenas [de telefonia móvel]. Lá, tinha só uma, e virada para outro lado”, disse o delegado.
Por isso, os policiais precisavam fazer voos na região para identificar as localizações prováveis dos celulares. Eles traçaram um cone, a partir da Rodovia dos Tamoios, na altura do km 54, que seguia por um raio de 12 quilômetros em cada um dos lados.
Esse direcionamento foi repassado para o Comando da Aviação da Polícia Militar (PM) na tarde de quinta-feira, e as equipes planejaram uma busca mais minuciosa a partir da manhã desta sexta-feira.
O cone traçado pela Polícia Civil foi dividido em cinco quadrantes. Em cada um deles, os helicópteros das polícias fariam voos específicos, com menor velocidade e altura. No segundo quadrante, por volta das 9h15, os PMs encontraram os corpos.