Corpo em represa não tem relação com helicóptero sumido, diz polícia
Corpo encontrado em represa de Natividade da Serra (SP) não foi identificado, mas não há indícios de relação com desaparecimento de aeronave
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo —A Polícia Civil informou que o corpo do sexo masculino encontrado em uma represa de Natividade da Serra, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, não tem relação com o desaparecimento do helicóptero com quatro pessoas a bordo no Ano-Novo (31/12).
O corpo não foi identificado ainda, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), em razão do avançado estado de decomposição. Mas não há qualquer indício de que haja relação entre os casos, diz a SSP.
A perícia foi acionada e foram requisitados exames para identificação da vítima encontrada na represa. O caso foi registrado como morte suspeita (encontro de cadáver) na Delegacia Seccional de Taubaté.
Sumiço do helicóptero
As buscas pelo helicóptero entram nesta quinta-feira (4/1) no quarto dia, com apoio do Comando de Aviação da PM a equipes da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo a SSP, o Corpo de Bombeiros está de prontidão, mas só será acionado caso a FAB ou o Comando de Aviação da PM localizem indícios do local da possível queda da aeronave.
As buscas por terra na região de Natividade da Serra começaram nessa quarta-feira após moradores da região ligarem para o 190 para relatar que ouviram barulhos de helicóptero e movimentação na mata.
Quem são os tripulantes
O helicóptero, modelo Robinson 44, pintado de cinza e preto, com prefixo PR-HDB, partiu do Campo de Marte, na capital paulista, com destino a Ilhabela, no litoral norte, no Réveillon. As causas do desaparecimento ainda são desconhecidas — a mais provável é de queda devido à péssima condição climático no momento do voo.
A aeronave era pilotada Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, sócio de uma das empresas proprietárias do helicóptero. Ele transportava o empresário Raphael Torres, 41; a amiga Letícia Sakumoto, 20, e a mãe dela, Luciana Rodzewics, 45.
Durante a viagem, Letícia mandou mensagem e chegou a enviar vídeo (veja abaixo) ao namorado, Henrique Stellato, para mostrar que o voo era realizado em meio às más condições climáticas. “Tá perigoso. Muita neblina. Estou voltando”, escreveu.
A jovem também registrou um pouso de emergência que foi feito durante o percurso. “Pousamos no meio do mato”, relatou.
Para tentar localizar o helicóptero, a FAB já realizou cerca de 24 horas de sobrevoo (veja abaixo) e vasculha uma área de aproximadamente 5 mil quilômetros quadrados, na Serra do Mar, na região de São José dos Campos.
“As buscas, mesmo prejudicadas pelas condições meteorológicas e pelo relevo montanhoso na região, ocorreram ao longo desta quarta-feira (3/1), dando continuidade ao trabalho realizado desde a segunda-feira (1º/1)”, disse a FAB, em nota.
A operação é feita com ajuda da aeronave SC-105 Amazonas, equipada com radar capaz de mapear terra e mar.