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Quase 6 mil pessoas se despedem de Rita Lee no Ibirapuera, em SP

Velório aberto ao público terminou às 17h; família escolheu Ibirapuera para o velório por ser o local preferido de Rita Lee na cidade

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Rita Lee velório caixão
1 de 1 Rita Lee velório caixão - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo — Quase 6 mil fãs de Rita Lee passaram pelo velório da cantora nesta quarta-feira (10/5) no planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo. A cerimônia começou pontualmente às 10h, sob chuva e já com uma numerosa fila de admiradores da rainha do rock nacional, e terminou às 17h. Quando a última pessoa entrou, os contadores marcaram a presença de 5.848 visitantes.

Vestindo uma camiseta dos Beatles e abraçado a um disco de Rita, o estudante Raul Modesto Azevedo, 18 anos, foi o último a entrar no velório. Emocionado, disse que iria cantar “Ovelha Negra” para a cantora. “É uma música muito especial para mim, porque todo adolescente já foi um pouco ‘ovelha negra’. É minha última homenagem para ela”, afirmou.

Após o velório aberto ao público, houve uma cerimônia reservada para familiares e amigos. Em seguida, o corpo da cantora será cremado em São Paulo, um pedido feito por ela. Além disso, em observação a outro pedido de Rita, flores e velas foram proibidas no funeral.

Rita Lee morreu na segunda-feira (8/5), aos 75 anos, após lutar contra um câncer no pulmão, diagnosticado em 2021.

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Fila de fãs de Rita Lee no velório no Ibirapuera
Fãs no velório de Rita Lee em SP
Fãs de Rita Lee no velório em SP
Fãs se despedem de Rita Lee em velório em SP
Fãs se despedem de Rita Lee em velório em SP
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Fãs no velório de Rita Lee em SP

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Fila de fãs de Rita Lee no velório no Ibirapuera

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Fãs no velório de Rita Lee em SP

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Fãs de Rita Lee no velório em SP

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Fãs se despedem de Rita Lee em velório em SP

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Fãs se despedem de Rita Lee em velório em SP

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Coroas de flores no velório de Rita Lee em SP

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Na hora do almoço, já sem chuva em São Paulo, o movimento no planetário aumentou consideravelmente. No local, havia duas entradas distintas: uma para a população em geral e outra para familiares e amigos. Os dois acessos estavam separados por cerca de 100 metros, ao redor do planetário.

A família escolheu o Ibirapuera para o velório por ser o local de passeio preferido da cantora na cidade. Em seu livro “Rita Lee — uma autobiografia”, publicado em 2016, a cantora afirmou que o parque era sua “floresta encantada”.

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João Lee, filha de Rita Lee, no velório da cantora
Filho de Rita Lee permaneceu ao lado de biógrafo da artista
Serginho Groismann, chega no velório de Rita Lee.
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Velório da cantora Rita Lee no Planetário do Parque Ibirapuera

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João Lee, filha de Rita Lee, no velório da cantora

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Filho de Rita Lee permaneceu ao lado de biógrafo da artista

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Serginho Groismann, chega no velório de Rita Lee.

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Velório da cantora Rita Lee, no Ibirapuera, em São Paulo

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Deputado Estadual Eduardo Suplicy e seu filho João Suplicy chegam ao velório de Rita Lee

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Cantora Rita Cadilac chega ao velório de Rita Lee

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Fã no velório de Rita Lee no Ibirapuera, em São Paulo

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Fãs enfrentam chuva no Ibirapuera, à espera do velório de Rita Lee

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Fãs enfrentam chuva no Ibirapuera, à espera do velório de Rita Lee

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Velório de Rita Lee

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Os primeiros fãs chegaram ao Ibirapuera por volta de 5h desta quarta-feira (10/5). Enfrentaram a chuva e o frio trazidos pela chegada de uma frente fria à cidade. Mas houve quem chegasse mais cedo. “Só eu e Deus vimos o corpo da Rita Lee chegar, às 4h47. Fui o primeiro da fila, à meia-noite”, conta Márcio Henrique de Aguiar, 50, o Elvis da Paulista.

Muitos fãs estavam emocionados na despedida de Rita Lee. “É uma perda inestimável para a música brasileira. Ela era uma rainha, uma lenda. A genialidade e o legado dela ficam”, disse o designer gráfico Ícaro Veloso, 25 anos. A cabeleireira Bárbara Patrícia, 33 anos, chorou no Ibirapuera. “Ela representa força para mim. Eu preciso me despedir da Rita para sentir que a força dela vai estar comigo para sempre.”

A cantora Gabriela Braum, 27 anos, também foi homenagear a rainha do rock. “É bonito ver como a Rita, com sua música, arte e personalidade, abraçou tanta gente. Ela foi porta-voz de muita gente. Eu admiro a coragem que ela sempre teve”, afirmou. O funcionário público Luiz Felício, 57 anos, levou discos da cantora ao velório. “Eu sou fã da Rita Lee desde criança. Inclusive, o primeiro disco de vinil que eu comprei foi dela, o ‘Saúde’. E é difícil até dizer de qual música eu gosto mais”, disse.

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Rita Lee começou a carreira musical aos 19 anos no grupo Os Mutantes
Em 1973, fundou a banda Tutti Frutti com a amiga Lúcia Turnbull e, em 1976, começou um relacionamento com o guitarrista Roberto de Carvalho, com quem mantinha um relacionamento desde então
Com o fim do Tutti Frutti, em 1979, passou a cantar ao lado do marido. Juntos, conquistaram reconhecimento internacional, lançaram hits de sucesso, mas resolveram seguir carreira solo em 1990
Durante a ditadura militar, Rita foi presa enquanto estava grávida do primeiro filho para servir como “exemplo para a juventude da época”. No entanto, não se calou. Lançou singles contra o período truculento brasileiro e se tornou referência musical com suas letras repletas de acidez e com reivindicações da independência feminina
Com mais de 55 milhões de discos vendidos, Rita iniciou a carreira no rock, passou por pop rock, MPB, bossa nova e se aventurou até mesmo na música eletrônica. Considerada uma das artistas mais influentes do Brasil, participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade
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Rita Lee Jones de Carvalho, nascida em 1947, é uma cantora, atriz, compositora, ativista e escritora brasileira. Natural de São Paulo, Lee é considerada a rainha do rock brasileiro

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Rita Lee começou a carreira musical aos 19 anos no grupo Os Mutantes

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Em 1973, fundou a banda Tutti Frutti com a amiga Lúcia Turnbull e, em 1976, começou um relacionamento com o guitarrista Roberto de Carvalho, com quem mantinha um relacionamento desde então

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Com o fim do Tutti Frutti, em 1979, passou a cantar ao lado do marido. Juntos, conquistaram reconhecimento internacional, lançaram hits de sucesso, mas resolveram seguir carreira solo em 1990

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Durante a ditadura militar, Rita foi presa enquanto estava grávida do primeiro filho para servir como “exemplo para a juventude da época”. No entanto, não se calou. Lançou singles contra o período truculento brasileiro e se tornou referência musical com suas letras repletas de acidez e com reivindicações da independência feminina

Rui M. Leal / Colaborador/ Getty Images
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Com mais de 55 milhões de discos vendidos, Rita iniciou a carreira no rock, passou por pop rock, MPB, bossa nova e se aventurou até mesmo na música eletrônica. Considerada uma das artistas mais influentes do Brasil, participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade

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Entre os maiores singles de sucesso da cantora, estão: Amor e Sexo, Agora Só Falta Você, Ovelha Negra, Desculpe o Auê, Erva Venenosa, Menino Bonito, Lança Perfume, Baila Comigo, Banho de Espuma, entre outros

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Com mais de 50 anos de carreira, cantou ao lado de grandes nomes da música brasileira, tais como: Elis Regina, Caetano Veloso e João Gilberto. Em 2001, ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de rock em língua portuguesa e, em 2008, foi eleita uma das maiores cantoras do país pela revista Rolling Stone

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Com Roberto de Carvalho, teve três filhos: Beto Lee, nascido em 1977; João, nascido em 1979; e Antônio, nascido em 1981

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Em 2013, a cantora anunciou que se aposentaria dos palcos e se mudou para um sítio com o marido. Segundo ela, a intenção era “viver em paz e de forma anônima”

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Em 2016, no entanto, Rita decidiu lançar uma autobiografia. Na obra, denominada Rita Lee: Uma autobiografia, a cantora revelou ter sofrido violência sexual aos 6 anos

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Em 2021, a equipe de Rita Lee usou as redes sociais para noticiar aos fãs que a cantora iniciou tratamento contra um câncer no pulmão esquerdo. Segundo a nota, a roqueira descobriu a condição durante exames de rotina e estava em tratamento desde então

Reprodução/ Instagram
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Recentemente, Rita Lee havia postado no Instagram que estava curada do câncer nos pulmões. À época, para comemorar, a cantora publicou na rede uma foto tirada pelo marido, Roberto de Carvalho, na chácara em que viviam, em São Paulo

Reprodução

No final do velório de Rita, os fãs se reuniram do lado de fora do planetário do Ibirapuera e, à espera do cortejo com o corpo de Rita, cantaram alguns dos hits dela.

Rita Lee deixa o marido, Roberto de Carvalho, os três filhos, Beto, João e Antônio, e quatro netos, além de seus inúmeros sucessos e um legado para a música brasileira.

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