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Corpo de jovem desaparecida na Garganta do Diabo é encontrado

Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, foi encontrada sem vida por equipes de resgate. Familiares reconheceram o corpo da jovem

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Imagem colorida de jovem de vestido. Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de jovem de vestido. Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O corpo de Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, desaparecida desde a noite do último domingo (29/9), quando uma embarcação com sete pessoas naufragou na região conhecida como Garganta do Diabo, em São Vicente, litoral de São Paulo, foi encontrado na tarde desta quarta-feira (2/10).

Segundo equipes do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), o cadáver da jovem foi reconhecido por familiares no Instituto Médico Legal (IML) de Santos.

Além de Beatriz, Aline Tamarra Moreira de Amorim, de 37 anos, também está desaparecida e não foi encontrada até o momento. As buscas seguem e contam com o apoio da Estação de Bombeiros Guarda-Vidas e da Guarda Municipal de São Vicente, além da Marinha do Brasil e Polícia Ambiental.

As pessoas já resgatadas são Vanessa Audrey da Silva, Camila Alves de Carvalho, Daniel Gonçalves Ferreira, Gabriela Santos Lima e Natan Cardoso Soares da Silva.

Aline Amorim publicou fotos e vídeos nas redes sociais (veja abaixo) momentos antes do acidente. As pessoas que estavam a bordo participavam de uma festa e, durante o transporte de volta à terra, o barco afundou.

Veja:

“Ninguém de colete”

Camila Alves, que já foi resgatada, usou as redes sociais após o naufrágio para pedir orações pela vida da amiga, Aline, e de “Bea”, referindo-se a Beatriz Faria. Além disso, ela ressaltou que o que ocorreu foi, de fato, um acidente.

“Não tinha ninguém alcoolizado ou drogado no barco, não. Foi um acidente. Uma hora a verdade aparece”, disse nos stories do Instagram.
Com um curativo na testa, ela afirmou que todos ficaram muito machucados. A jovem também revelou que as meninas que ainda estão desaparecidas não sabem nadar e não estavam usando colete salva-vidas.

Com um curativo na testa, ela afirmou que todos ficaram muito machucados. A jovem também revelou que as meninas que ainda estão desaparecidas não sabem nadar e não estavam usando colete salva-vidas.

Em nota, a Marinha afirmou que um inquérito administrativo foi instaurado a fim de investigar as possíveis causas e responsabilidades pelo acidente. “Cabe ressaltar que não houve registro de poluição hídrica resultante do afundamento da embarcação”, adicionaram.

Garganta do Diabo

A embarcação afundou na região da Garganta do Diabo, entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, em um estreitamento que desemboca na Baía de São Vicente (veja mapa abaixo).

Por ser uma região de “estrangulamento” do mar — um canal estreito –, o local é marcado por correntes marítimas fortes, ondas intensas e formação rochosa irregular, fatores que aumentam o risco de afogamentos e acidentes, como o naufrágio de embarcações. Em 2017, por exemplo, uma jovem de 18 anos e o piloto de uma moto aquática foram resgatados por um policial militar depois de ficarem à deriva na região.

3 imagens
Mapa da Garganta do Diabo
Embarcação com 7 pessoas naufraga na Garganta do Diabo, litoral de SP
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Carta náutica da Marinha

Marinha do Brasil
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Mapa da Garganta do Diabo

Google Maps/Arte Metrópoles
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Embarcação com 7 pessoas naufraga na Garganta do Diabo, litoral de SP

Reprodução/ Instagram

Lá, há bancos de areia que se movimentam ao longo do tempo, o que pode alterar a profundidade do fundo marinho e criar áreas instáveis. Como consequência, pode haver alteração do regime de ondas e a maneira que elas se comportam quando se aproximam da Baía de São Vicente, podendo ficar mais altas.

É isso, inclusive, que atrai muitos surfistas para a região, que precisam se manter atentos em relação a previsões da maré e de ondas para evitar acidentes.

Lendas urbanas foram as principais responsáveis para atribuir o nome que o canal ganhou, incluindo a de que o local “engolia” barcos que passavam por lá, como uma garganta. Além disso, há uma crença popular de que a Garganta serviu de passagem para as caravelas de Martim Afonso na fundação da Vila de São Vicente, mas não há fundamentos suficientes para embasar a hipótese.

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