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Corpo de aluna morta em ataque a escola será enterrado nesta 3ª em SP

O sepultamento do corpo de Giovanna Bezerra da Silva será realizado no cemitério Nossa Senhora do Carmo a partir das 13h30

atualizado

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Imagem colorida mostra rosto de Giovanna, adolescente branca, de cabelos pretos, com uma faixa na cabeça, sorrindo; ela foi morta com tiro na nuca dentro de uma escola em Sapopemba e seu corpo foi enterrado em Santo André - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra rosto de Giovanna, adolescente branca, de cabelos pretos, com uma faixa na cabeça, sorrindo; ela foi morta com tiro na nuca dentro de uma escola em Sapopemba e seu corpo foi enterrado em Santo André - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – O corpo da adolescente Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, assassinada durante um ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, será enterrado na tarde desta terça-feira (24/10), em Santo André, no ABC paulista.

O sepultamento será realizado no cemitério Nossa Senhora do Carmo a partir das 13h30. O velório ocorre desde a noite dessa segunda.

Giovanna era a caçula de um casal de irmãos e havia conseguido seu primeiro emprego há um mês, gostava de jogar vôlei e sonhava em ser advogada.

A estudante tinha acabado de receber seu primeiro salário, como auxiliar de escritório, o que era motivo de orgulho para todos que acompanhavam seu crescimento.

Os pais da adolescente estão abalados demais com a tragédia, segundo Reinaldo Lopes, vizinho da família. Ao Metrópoles, ele disse que a aluna assassinada dentro da escola era “adorável”.

“Estava trabalhando fazia um mês, recebeu o primeiro salário agora, no dia 20. É um sonho que se interrompe”, disse Lopes. “Ela tinha o sonho de ser advogada, gostava de jogar vôlei e brincava muito com o pessoal aqui. É uma pessoa extremamente família”.

Giovanna costumava esperar os amigos sentada em um banco na frente de sua casa para ir à escola. Aplicada, era considerada uma ótima aluna. “Ela era uma paz, por isso que foi embora. Deus recolheu porque era uma paz. Foi uma fatalidade, a gente entende isso, estava na frente do atirador e não era o alvo. Eram vários alvos. E acabou acontecendo”, afirmou o amigo.

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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta

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Atirador invadiu escola estadual em Sapopemba, matou aluna e feriu outros dois

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Lopes estava em casa quando uma das amigas com quem Giovanna ia para a escola voltou correndo na manhã dessa segunda-feira, contando que havia ocorrido um tiroteio na escola. A jovem, segundo Lopes, não teve coragem de dar a notícia e só conseguiu dizer que não tinha achado a amiga.

Em seguida, os tios da jovem foram à escola em busca de informações e souberam que ela estava entre as vítimas. Eles seguiram para o Hospital Geral de Sapopemba, para onde os baleados foram levados e lá tiveram a confirmação da morte da sobrinha.

Lopes ressalta que a fama da Escola Estadual Sapopemba é ruim. “É uma bagunça”, diz. Ele relata que são frequentes os casos de briga entre alunos, muitas delas ocorrendo em uma quadra de esportes. “A direção é muito omissa”, afirmou.

O crime

No segundo ataque a uma escola estadual registrado este ano em São Paulo, a estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, foi morta com um tiro na cabeça na manhã dessa segunda-feira (23/10). O atentado aconteceu dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital.

O atirador, um estudante do 1º ano do Ensino Médio de 16 anos, foi preso na escola pouco depois do crime. Segundo alunos e o advogado dele, o adolescente sofria bullying por ser homossexual.

“Começou com dois barulhos de bomba. Pessoal gritando, saindo correndo. Eu pensei: ‘Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa’”, disse um aluno ouvido pelo Metrópoles.

“Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair. Saímos correndo, batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, contou o estudante.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, informou.

Ameaça e rotina de agressões

A investigação aponta que o adolescente de 16 anos contou à mãe, em abril deste ano, que vinha recebendo ameaças on-line de pessoas que pareciam ser de “grupos rivais”. As ameaças eram feitas nas redes sociais.

Um boletim de ocorrência registrado pelo adolescente, em 24 de abril, menciona que o jovem foi agredido por “diversos alunos”, não identificados, da Escola Estadual de Sapopemba, a mesma onde ocorreu o ataque desta segunda-feira (vídeo acima).

O Metrópoles localizou dois registros, em vídeo, nos quais o adolescente é agredido. Um deles seria do caso registrado no B.O. Já o outro ocorreu no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista.

Grupos rivais

Em alguns vídeos postados no TikTok e Instagram, o adolescente aparece chorando após sofrer violência física. As redes sociais eram usadas por ele, seus seguidores e um grupo rival para alimentar as desavenças entre os jovens.

De acordo com o registro da ocorrência, “a vítima [autor do ataque] tem muitas visualizações de tudo o que lhe acontece”. Além disso, segundo o B.O., “as agressões sofridas pela vítima se generalizaram na internet, e foi percebido que os agressores ganharam muitos seguidores”. Por fim, o estudante diz à polícia que “teme por sua integridade física e que as ameaças se espalhem”.

Segundo a família do adolescente, o Conselho Tutelar e a Diretoria de Ensino foram procurados na ocasião da denúncia. Acionada, a Secretaria de Estado da Educação não se manifestou. O espaço está aberto.

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