Corinthians se manifesta sobre jogador que estava com jovem que morreu
Clube afirma que “está ciente dos acontecimentos” e “aguarda a investigação dos fatos”; jovem morreu após encontro com jogador do sub-20
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — O Corinthians se manifestou sobre o caso de polícia envolvendo o jogador do sub-20 Dimas Candido, de 18 anos. Nessa terça-feira (30/1), ele prestou depoimento à delegacia após uma jovem de 19 anos passar mal no apartamento do atleta e morrer em um hospital, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
Questionado, o clube afirmou que “está ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base, aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias”.
Livia Gabriele Da Silva Matos estava no apartamento do jogador quando passou mal e desmaiou. O jogador, então, “acionou o Samu e prestou os primeiros socorros”, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), mas a jovem morreu após sofrer quatro paradas cardíacas. A pasta informou, ainda, que havia manchas de sangue no apartamento.
Segundo o policial militar Lucas Sarri, que atuou na ocorrência, a jovem teria tido um intenso sangramento na região genital e sofrido paradas cardiorrespiratórias. O caso foi registrado como morte suspeita no 30º Distrito Policial de São Paulo.
Dimas foi ouvido pela polícia entre a noite dessa terça-feira e a madrugada desta quarta-feira (31/1). O apartamento passou por perícia. A equipe de investigação aguarda o laudo necroscópico.
O que diz o jogador
Em seu depoimento à polícia, Dimas disse que mantinha relações sexuais com a jovem no momento em que ela passou mal. Ele afirmou que percebeu que ela desmaiou e apresentava um sangramento.
Em seguida, o atleta disse ter ligado para o Samu e ter sido orientado a fazer massagens cardíacas até a chegada da equipe médica. Ele também afirmou ter acompanhado o resgate da jovem na ambulância.
Em conversa com o Metrópoles , o advogado de Dimas, Tiago Lenoir, disse que o jogador e Livia se conheceram pelo Instagram há alguns dias e tiveram o primeiro encontro na noite dessa terça-feira.
“Ele confirmou que eles tiveram relações sexuais consensuais e com uso de preservativo”, disse o advogado. Segundo Lenoir, os dois não beberam e nem usaram drogas. “No local havia apenas cigarros eletrônicos levados por ela.”
De acordo com o advogado, ao perceber que Livia tinha desfalecido, o atleta ligou para o Samu, seguiu as recomendações para fazer a massagem cardíaca e acompanhou a jovem ao hospital.
“Ele ficou absolutamente consternado com a morte da jovem”, disse Lenoir. Após ser ouvido pela polícia, Dimas foi liberado. A defesa diz que, no momento, aguarda o desenrolar das investigações sobre o caso.