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Copa do Mundo Feminina dá sobrevida a Ana Moser no Esporte

Ministra Ana Moser, cujo cargo é cobiçado pelo Republicanos, está na Nova Zelândia para acompanhar a Copa do Mundo Feminina

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Imagem colorida de Ana Moser, ex-jogadora de vôlei e atualmente ministra dos Esportes do Brasil - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Ana Moser, ex-jogadora de vôlei e atualmente ministra dos Esportes do Brasil - Metrópoles - Foto: Wey Alves/Metrópoles

São Paulo – Com o cargo na mira do Republicanos, a ministra Ana Moser (Esporte) ganhou sobrevida no governo Lula (PT) graças à Copa do Mundo de Futebol Feminino, que começou nesta quinta-feira (20/7) na Austrália e na Nova Zelândia.

O pedido pelo comando do Ministério do Esporte foi feito pela bancada do Republicanos no Congresso Nacional ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Nessa terça (18/7), Padilha recebeu o deputado federal Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE) para negociar os termos de uma eventual adesão do partido ao governo.

Na semana passada, após participar de uma reunião com Lula, Ana Moser negou que estivesse de saída e disse que o presidente a passou “bastante trabalho”. Ela se referia à necessidade de costura política para que o Brasil seja escolhido o país-sede da Copa do Mundo Feminina de 2027.

Embora o núcleo duro do governo ainda não tenha batido o martelo sobre qual ministério o Republicanos deve abocanhar – há também interesse do partido na pasta de Ciência e Tecnologia –, houve pressão nos bastidores para que Moser, uma das dez ministras mulheres de Lula, não fosse exonerada durante a Copa.

Segundo interlocutores do governo, “não pega bem” demitir uma ministra mulher, em meio a um evento internacional voltado para mulheres no esporte, enquanto o próprio Brasil batalha para se firmar como país-sede de uma Copa Feminina.

Janja em defesa de Ana Moser

A decisão sobre a reforma ministerial, e eventuais trocas para favorecer o Republicanos e o PP, ficou para agosto. A justificativa interna foi de que era necessário retornar do recesso parlamentar para nomear novos ministros, já que, em troca das pastas, Republicanos e PP apoiariam o governo Lula com mais votos no Congresso.

No entanto, o fato de a Copa ocorrer neste momento e contar com a maior transmissão da história da modalidade no Brasil fez com o que o núcleo duro do governo Lula decidisse segurar Moser à frente do cargo, ao menos por enquanto.

A primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, uma das principais defensoras de Moser nos bastidores, tem tentado manter a ministra no cargo a longo prazo. Com algumas semanas pela frente, ela tem conversado com parlamentares sobre a imagem positiva que o Brasil passa para o mundo, em especial à Fifa, mantendo uma mulher no cargo.

Ministra acompanha a Copa do Mundo

Moser embarcou na segunda-feira (17/7) para a Nova Zelândia com a missão de participar de eventos da Fifa, junto de representantes de CBF, para consolidar a candidatura do Brasil e tentar conquistar votos para o país. A ministra tem o retorno previsto para o dia 27 deste mês.

O país oficializou a candidatura à Fifa em abril deste ano e concorre com a África do Sul e outras duas candidaturas conjuntas: Bélgica, Alemanha e Holanda; e Estados Unidos e México. A Fifa anunciará a escolhida em maio do ano que vem, durante o Congresso da entidade.

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