Conselheiro tutelar é afastado por surtos e uso de metanfetamina
Segundo o MPSP, o conselheiro tutelar apresentou condutas inadequadas, causadas possivelmente pelo uso contínuo de substância psicoativa
atualizado
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São Paulo – Em decisão liminar, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) afastou um conselheiro tutelar que atuava na capital paulista. Segundo denúncia do Ministério Público de SP (MPSP), o homem apresentou condutas inadequadas e surtos, causados possivelmente pelo uso contínuo de substância psicoativa.
Segundo a promotora Luciana Bergamo, em atendimento com uma assistente social o conselheiro teria admitido fazer uso de metanfetamina. Diante da profissional, ele teria demonstrado raciocínio desorganizado e desconexo, referindo-se a si mesmo como se fosse outra pessoa.
De acordo com a denúncia, o homem teria acusado o pai de uma menina de estar sequestrando a criança, chegando a persegui-lo em via pública. Em outra situação, recusou-se a comparecer a uma delegacia para aplicar medidas de proteção em favor de um adolescente apreendido.
Com o afastamento, decidido nessa segunda-feira (10/4), o pagamento de vencimentos ao homem está suspenso e o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente deverá convocar imediatamente um suplente para assumir o posto.
A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude enviou ofícios às secretarias municipais de Direitos Humanos e Cidadania e de Saúde, pedindo atendimento ao conselheiro tutelar. As informações são do site do MPSP e o nome do afastado não foi divulgado.
A metanfetamina, segundo especialistas, é uma das drogas mais fáceis de serem sintetizadas. Fabricada no Brasil, geralmente em laboratórios clandestinos, acaba sendo mais nociva, aumentando o risco de desencadear transtornos de pânico e ansiedade.
Trata-se de uma droga estimulante, pois aumenta substâncias como a serotonina, dopamina e noradrenalina no organismo.