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Condomínio onde cratera se abriu foi avisado do risco de obra de metrô

Moradores de prédios afirmam que concessionária falou sobre instabilidade no terreno e pediu interdição da área antes de cratera se abrir

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1 de 1 imagem colorida mostra funcionário de costas com uniforme escrito acciona - metrópoles - Foto: Jessica Bernardo / Repórter

São Paulo — Moradores do Condomínio Vivaverde, que teve parte da quadra e churrasqueira engolidas pela obra da Linha 6-Laranja do metrô, afirmam que já sabiam que a área poderia enfrentar algum risco durante a passagem do tatuzão, como é chamada a tuneladora usada na escavação.

Segundo eles, engenheiros da concessionária Linha Uni, responsável pela obra, explicaram que o solo era instável e que, por isso, o local precisaria ser interditado durante a obra.

“Teve uma reunião da Acciona com o condomínio e eles informaram que poderia acontecer algum imprevisto”, afirma a professora Vânia Passareli, que mora no local há 12 anos. “Eu só me preocupo um pouco com o bloco que é mais próximo da cratera, mas eu acho que não vai ter problema”, diz.

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Funcionários da Acciona usaram tapumes brancos para impedir população de ver cratera aberta em obra
Rua ficou interditada após cratera abrir dentro de condomínio
Maria e João temem que problemas com tatuzão continuem e coloquem vida de vizinhos em risco
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Funcionários reparam solo em local onde cratera se abriu durante obras da Linha 6-Laranja

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Funcionários da Acciona usaram tapumes brancos para impedir população de ver cratera aberta em obra

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Rua ficou interditada após cratera abrir dentro de condomínio

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Maria e João temem que problemas com tatuzão continuem e coloquem vida de vizinhos em risco

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Também moradora do local, a contadora Rafaela Rozeando afirma que o acesso à área afetada estava fechado desde que os avisos foram feitos. “A comunicação foi bastante fluída, mas mesmo assim assusta, né?”, disse ela sobre a cratera.

Segundo a contadora, a concessionária garantiu que não há risco para os moradores das cinco torres do condomínio e prometeu reparar os prejuízos. “Eles falaram que arcariam com qualquer dano”, disse.

Medo do tatuzão

Na tarde dessa segunda-feira (20/5), dezenas de funcionários trabalhavam no local para fechar o buraco, sob o olhar atento de vizinhos e comerciantes da região.

A aposentada Maria da Graça foi uma das pessoas que passou no local para acompanhar a obra. Moradora do bairro, ela disse temer que o problema se expanda e coloque a vida dos vizinhos em risco.

“Graças a Deus que até agora não machucou ninguém, não aconteceu nada, mas não deixa de ser uma preocupação”, disse Maria.

A moradora citou outros problemas envolvendo a passagem do tatuzão da Linha 6-Laranja para justificar a apreensão. Entre eles, o solo que cedeu na Av. Miguel Conejo, em junho de 2023, e a cratera na Marginal Tietê, em janeiro de 2022.

“A gente já tem um pouco de medo do tatuzão e depois desse acontecimento fica mais assustado ainda”, disse.

Ela e o marido também relataram que parte das casas da região têm sofrido com o impacto das explosões que abrem o caminho para o tatuzão. “Teve rachadura feia, o muro até afastou”, contou Maria sobre o problema enfrentado por uma vizinha.

O que diz a concessionária

Em nota, a Linha Uni afirmou que a situação na cratera da Av. Ministro Petronio Portela está controlada e segue estável.

“A área permanece isolada e as equipes técnicas estão trabalhando para recondicionar o solo, com previsão de normalização o mais breve possível”, diz a concessionária.

A empresa afirma ainda que equipes também estão monitorando o entorno da cratera.

A Linha 6-Laranja vai ligar a região da Brasilândia, na zona norte, ao centro da cidade, e deverá ter 15 estações. A expectativa é que 600 mil pessoas sejam transportadas diariamente na linha. A previsão é que a obra seja concluída até 2025.

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