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Veja como será o trem de SP a Campinas, leiloado por Tarcísio na Bolsa

Nova linha de trem, que ligará São Paulo a Campina, será a mais rápida do Brasil, segundo o governo Tarcísio; operação deve começar em 2031

atualizado

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Governo de São Paulo
Imagem colorida mostra o alto da plataforma de trens da Barra Funda, com vagões estacionados
1 de 1 Imagem colorida mostra o alto da plataforma de trens da Barra Funda, com vagões estacionados - Foto: Governo de São Paulo

São Paulo — Leiloado nesta quinta-feira (29/2) pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Bolsa de Valores (B3), o chamado trem intercidades, que vai ligar São Paulo a Campinas, no interior paulista, é um projeto estimado em R$ 14,5 bilhões que deverá ficar pronto em 2031.

Segundo o governo paulista, a futura linha, que terá 101 km de extensão, será a mais rápida ligação de trens entre regiões metropolitanas do país. O projeto marca o primeiro investimento em trilhos da gestão estadual que não será voltado para ampliação da malha metroviária da capital.

O leilão desta quinta-feira foi para três modalidades de serviços diferentes: o trem intercidades, o trem metropolitano e o trem urbano.

O trem intercidades é uma linha expressa que sairá da Estação Barra Funda, na zona oeste da capital, percorrerá 101 quilômetros em uma velocidade média de 96 km/h e chegará na Estação Campinas, que hoje atende apenas serviços de cargas, em uma viagem direta de 64 minutos.

As passagens terão, pelas regras do contrato, uma tarifa média de R$ 50 — a empresa poderá vender passagens mais baratas ou mais caras conforme com a proximidade da data de embarque, por exemplo, como fazem as companhias aéreas, até um limite de R$ 64.

Segundo o governo, os trens terão capacidade para 860 passageiros sentados, com espaço para malas e ar condicionado. O governo prevê atrair 60 mil viagens por dia, nos dois sentidos, com a nova linha.

O traçado do novo modal de transporte passará pelas cidades de Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaí entre o trajeto capital-Campinas. Nestas cidades, haverá também estações de passageiros.

As estações, contudo, serão usadas por um serviço específico, o trem metropolitano, ou trem parador, que conectará Campinas às demais cidades da região, em um percurso de 44 quilômetros que será percorrido em 33 minutos.

Em Jundiaí, os usuários do trem metropolitano poderão seguir viagem rumo à capital pela atual Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que também foi incluída na concessão patrocinada.

Só um interessado

Apenas um único consórcio, C2 Mobilidade, formado pela fabricante de trens chinesa CRRC e a empresa Comporte Participações, se interessou pelo projeto. Nesta quinta, o grupo fez a única proposta do leilão, com desconto simbólico de apenas 0,01% no valor da contrapartida que o governo ofereceu para a operação dos serviços.

Dos R$ 14,5 bilhões de investimento, o governo arcará com cerca de R$ 8,5 bilhões, com recursos próprios e financiamento do BNDES. O consórcio terá de gastar outros R$ 5 bilhões.

Contudo, o governo previu repassar ainda uma contraprestação para a operação da linha, ao longo dos 30 anos de concessão, de R$ 8 bilhões. Venceria o leilão quem desse o maior desconto em relação a esse valor.

Como foi o único interessado, o C2 Mobilidade ofereceu o desconto mínimo, 0,01%.

As obras terão início em 18 meses após a assinatura do contrato, o que pode ocorrer em até 180 dias.

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