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Como Kaoma e Uruk se tornaram os algozes do PCC no Porto de Santos

Conheça os cães farejadores que atuam na Alfândega de Santos e impuseram prejuízo milionário à maior facção do país esta semana

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Uruk, pastor belga malinois da Receita Federal, participa de operação no Porto de Santos que culminou com apreensão de cocaína no Porto de Santos - Metrópoles
1 de 1 Uruk, pastor belga malinois da Receita Federal, participa de operação no Porto de Santos que culminou com apreensão de cocaína no Porto de Santos - Metrópoles - Foto: Divulgação/Metrópoles

São Paulo — O trabalho de dois dos três cães farejadores da Receita Federal que atuam no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, foram fundamentais para a apreensão, esta semana, da maior carga de cocaína do ano no local, impondo um prejuízo milionário ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Uruk, um pastor belga malinois, e Kaoma, cadela da raça pastor alemão (veja imagens abaixo), participaram da operação, na segunda-feira (21/10), que culminou na apreensão de 1,2 tonelada de cocaína em sua versão mais pura. A droga estava escondida em uma carga de sucata metálica que iria para a Espanha.

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Pastor alemão Kaoma, da Receita Federal, durante operação no Porto de Santos que culminou com apreensão de cocaína no Porto de Santos
Pastor alemão Kaoma, da Receita Federal, durante operação no Porto de Santos que culminou com apreensão de cocaína no Porto de Santos
Uruk, pastor belga malinois da Receita Federal, participa de operação no Porto de Santos que culminou com apreensão de cocaína no Porto de Santos
Uruk, pastor belga malinois da Receita Federal, participa de operação no Porto de Santos que culminou com apreensão de cocaína no Porto de Santos
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A droga foi detectada por Kaoma e Uruk por causa do odor. Segundo a Receita Federal, a indicação dos cães farejadores, nesse caso, é considerada passiva — ou seja, os animais ficam parados, geralmente deitados, apontando para o local de onde vem o cheiro característico.

Recompensa

A conduta dos cães é seguida por uma recompensa que, no caso, foi uma bolinha com a qual brincaram com seus tratadores e condutores.

Uruk começou a “prestar serviços” para a Receita em setembro de 2021. Já Kaoma é a mascote do órgão, com início dos trabalhos em junho de 2023. Além dos dois cães, a equipe conta, ainda, com a cadela Dara, da raça pastor alemão, que está em atividade desde junho de 2019. Dara não participou da mega-apreensão desta semana.

Em nota, a Receita Federal ressaltou a importância do trabalho dos cães de faro no combate à tentativa de envio de drogas escondidas no meio de cargas de exportação. “É uma das ferramentas que a Receita utiliza na fiscalização aduaneira”, diz a nota.

O órgão também esclareceu que, em seu trabalho, os cães que atuam na Alfândega de Santos nas conferências de cargas não têm contato direto com as drogas.

Como foi a apreensão

Após a indicação dos cães farejadores, a cocaína foi encontrada acondicionada em caixas metálicas, em meio a 24 toneladas de sucata com destino à cidade de Málaga, na Espanha. A estratégia foi uma tentativa de dificultar os trabalhos das equipes de vigilância e repressão da Receita Federal no porto.

Como já revelado pelo Metrópoles, o porto é um dos principais escoadouros usados pelo PCC para despachar cocaína para países da África e da Europa, onde a droga rende bilhões à maior facção do Brasil.

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Receita Federal faz apreensão recorde de cocaína no Porto de Santos: 1,2 ton da droga em uma carga que ia para a Espanha
Receita Federal faz apreensão recorde de cocaína no Porto de Santos: 1,2 ton da droga em uma carga que ia para a Espanha
Receita Federal faz apreensão recorde de cocaína no Porto de Santos: 1,2 ton da droga em uma carga que ia para a Espanha
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Segundo a Receita,  novos parâmetros nos sistemas de gestão de riscos permitiram a seleção e o bloqueio da carga de cocaína. Além do trabalho de Kaoma e Uruk, foram analisadas imagens de escâneres dos contêineres selecionados.

O tamanho do rombo

Relatório de autoridades europeias aponta que o grama da cocaína chega ao continente custando 30 euros. Considerando o euro a R$ 6,16, cotação registrada no dia da apreensão no Porto de Santos, o prejuízo para os cofres do PCC ultrapassa os R$ 220 milhões.

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