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Como foi encontrado corpo de ultramaratonista em canavial em SP

Corpo da ultramaratonista Camila Latte, de 44 anos, estava ao lado do carro em um canavial em Leme; atleta estava desaparecida desde domingo

atualizado

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Imagem mostra corredora com boné e mochila; ela é a ultramaratonista Camila Matte - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra corredora com boné e mochila; ela é a ultramaratonista Camila Matte - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O corpo da ultramaratonista Camila Latte, de 44 anos, foi encontrado nesta terça-feira (16/1), em Leme, no interior de São Paulo, já em estado de decomposição, com queimaduras na cabeça. Segundo um policial militar que esteve no local, não havia sinais de violência.

A ultramaratonista estava desaparecida desde a manhã de domingo (14/1), quando teve uma discussão com o marido e, segundo ele, disse que iria para a casa dos pais, em São Carlos, nas proximidades de Leme.

Nesta terça, por volta das 15h, funcionários de uma usina encontraram o corpo de Camila ao lado de seu carro, em meio ao carreador de um canavial próximo ao Morro do Cristo, na zona rural de Leme.

“Aparentemente, a gente não viu sinais de agressão, tiro ou algo que pudesse levar à conclusão de que foi um homicídio”, afirmou ao Metrópoles o tenente Boanerges de Miranda Santos, que comanda interinamente a 4ª Companhia do 36º Batalhão de Polícia Militar do Interior. Ele ressalta, porém, que essas são as primeiras impressões e somente a perícia poderá concluir e detalhar o que aconteceu com exatidão.

Segundo Boanerges, havia frascos de álcool ao redor do corpo da ultramaratonista, que apresentava queimaduras na altura da cabeça. Parte da roupa que Camila vestia também estava queimada.

O tenente da PM afirma que os pertences de Camila estavam no local, incluindo celular, o que indicaria que não houve um crime patrimonial.

Solidariedade

Além de ultramaratonista, Camila era professora e conhecida na cidade pelo espírito solidário e a disposição em ajudar as pessoas.

Treinador do time feminino de Leme, Mario Lourenço Franco, 62 anos, ficou sabendo apenas após o desaparecimento no domingo que Camila havia colaborado com as atletas da equipe. “Uma amiga lembrou que foi ela quem deu chuteiras para as meninas”, disse.

Fora as provas oficiais no Brasil e no exterior, a ultramaratonista é lembrada pelos desafios que promovia no município com a finalidade de arrecadar recursos para a população carente.

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