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Comerciante chamado de ladrão é 2ª morte por fake news no Guarujá (SP)

Osil Vicente Guedes, foi linchado após ser chamado de ladrão no Guarujá (SP) quando trafegava com uma moto emprestada por amigo

atualizado

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São Paulo – Guarujá, no litoral sul paulista, protagonizou na última quinta-feira (4/5) o segundo caso de linchamento que resultou na morte de uma pessoa por causa de fake news.

O comerciante Osil Vicente Guedes, de 49 anos, morreu na madrugada desse domingo (7/5), em decorrência de graves ferimentos na cabeça, provocados por golpes de capacete e pedaços de madeira, dados por ao menos quatro homens. Familiares de Osil afirmam não conseguir dormir desde que souberam do caso.

 

A violência foi registrada em vídeo e teria sido motivada após uma pessoa gritar falsamente “Pega ladrão”, quando o comerciante trafegava com a moto, emprestada por um amigo (veja acima).

Também no mês de maio, mas há nove anos atrás, a dona de casa Fabiane Maria de Jessus, de 33 anos, morreu em decorrência de um traumatismo craniano, provocado pelo espancamento em massa, feito por dezenas de pessoas.

Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morreu após ser linchada em Guarujá, em 2014, após ser falsamente apontada como suspeita de praticar crimes contra crianças

O motivo para o crime foi a divulgação de um retrato falado de uma suspeita de realizar rituais satânicos com crianças.

Fabiane foi confundida com uma suposta criminosa, jamais identificada ou presa, e foi agredida. Ela morreu dois dias depois.

Na ocasião, o delegado do 1º DP do Guarujá, Luiz Ricardo Lara, afirmou que não havia sido registrado nenhum sequestro de criança pela polícia – reforçando que a dona de casa foi morta por causa de um boato, disseminado por redes sociais.

Cinco homens foram condenados pela morte de Fabiane a 40 anos de prisão, entre outubro de 2016 e janeiro de 2017.

No caso do assassinato do comerciante, ocorrido na semana passada, o 2º DP de Guarujá analisa as imagens feitas por uma testemunha para identificar e responsabilizar os responsáveis pelo crime.

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