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Com vídeos à la Netflix, Tabata gasta R$ 4 milhões com audiovisual

Levantamento do Metrópoles mostra que 29% das despesas registradas pela campanha de Tabata Amaral foram gastos com empresas audiovisuais

atualizado

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Tabata Amaral
1 de 1 Tabata Amaral - Foto: Reprodução

São Paulo — Jaqueta de couro, expressão séria e um cenário que lembra séries e filmes policiais. Foi com os vídeos no estilo “CSI brasileiro” que a candidata Tabata Amaral (PSB) viralizou no início da campanha pela Prefeitura de São Paulo, mirando o adversário Pablo Marçal (PRTB).

O material contra o rival, que rendeu mais de 4,4 milhões visualizações no vídeo mais acessado, é um exemplo de uma das principais apostas de Tabata na disputa: o audiovisual.

Um levantamento feito pelo Metrópoles com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que a campanha de Tabata já investiu mais de R$ 4 milhões para financiar a produção de conteúdos em vídeo desde o início da disputa.

O valor é a soma das despesas gastas com empresas responsáveis por etapas como o roteiro, a produção e a edição dos materiais utilizados nas redes sociais de Tabata e no horário eleitoral gratuito na televisão.

Além dos vídeos curtos, às vezes direcionados a atacar adversários e hora voltados à divulgação de propostas da candidata, a campanha também apostou na produção de uma série documental sobre a história de vida de Tabata para apresentá-la aos eleitores.

A pessebista começou a disputa com um dos nomes mais desconhecidos do eleitorado, apesar de estar em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados em Brasília, e precisava ganhar visibilidade para avançar na disputa.

O desafio do desconhecimento era agravado, segundo análise do marqueteiro de Tabata, Pedro Simões, pelo seus adversários na corrida eleitoral: um prefeito, Ricardo Nunes (MDB); um candidato que chegou ao segundo turno na disputa de 2020, Guilherme Boulos (PSol); e uma “celebridade”, o apresentador José Luiz Datena (PSDB).

A série foi uma forma encontrada pela equipe da candidata para apresentá-la ao ao eleitorado, no estilo “jornada do herói” ou, neste caso, “jornada da heroína”. A história da garota que nasceu na periferia de São Paulo e se formou na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, foi contada em 8 episódios, que abordam temas como a infância de Tabata, sua relação com a família e a religiosidade da candidata.

Até o namoro da pessebista com o prefeito de Recife, João Campos (PSB), teve direito a um capítulo, que acabou utilizado por Tabata depois para se defender de acusações da rival Marina Helena (Novo), que criticou a suposta falta de transparência da adversária nas viagens para visitar o namorado.

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Tabata Amaral (PSB) em campanha eleitoral
A candidata Tabata Amaral (PSB) durante campanha na zona norte de SP
Tabata conversa com eleitora
Tabata Amaral inicia campanha ao lado da companheira de chapa, Lucia França
Tabata Amaral (PSB)
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Tabata Amaral em campanha na 25 de Março

Ashlley Melo/Divulgação - Campanha Tabata Amaral
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Tabata Amaral (PSB) em campanha eleitoral

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A candidata Tabata Amaral (PSB) durante campanha na zona norte de SP

William Cardoso/Metrópoles
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Tabata conversa com eleitora

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Tabata Amaral inicia campanha ao lado da companheira de chapa, Lucia França

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Tabata Amaral (PSB)

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Tabata Amaral no Roda Viva em 2024

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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)

Gilmar Félix/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)

Câmara dos Deputados
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Tabata Amaral discursa

Myke Sena/Câmara dos Deputados
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Tabata Amaral foi criada na Vila Missionária, na periferia da zona sul de São Paulo

Divulgação
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Tabata Amaral no Roda Viva

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Reprodução/ Facebook
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Tabata Amaral, Marcio França e Lucia França em campanha eleitoral

Marcos Gouveia/Divulgação - Campanha Tabata Amaral

O volume alto de produções audiovisuais se reflete diretamente no caixa da campanha: os R$ 4,1 milhões gastos para bancar as empresas responsáveis pelo conteúdo correspondem a 29% de todas as despesas registradas por Tabata ao TSE até esta segunda-feira (30/9). A produtora 5e60 Conteúdo recebeu o maior valor até agora, R$ 1,3 milhão.

Até agora, Tabata recebeu, entre doações e repasses do partido, cerca de R$ 16,8 milhões para custear a campanha pela Prefeitura. Para economizar recursos e aproveitar ao máximo o material produzido, a equipe da pessebista utiliza cortes dos episódios feitos para a série do YouTube também nas outras redes. Um dos cortes, do capítulo sobre a relação com João Campos (PSB), rendeu  2,1 milhões de visualizações.

Nesta reta final, Tabata deve divulgar um novo vídeo, com uma análise do que foi a campanha até este primeiro turno, e encorajando seus eleitores. A gravação deve ser feita nesta terça-feira (1º/10) e a previsão é de que seja publicada já na quarta (2/10).

A campanha acredita que a candidata possa ter uma subida expressiva nesta última semana, com uma virada de votos, e aposta no debate da Rede Globo para conquistar mais eleitores. Tabata ocupa o quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Nunes, Boulos e Marçal, que se revezam na liderança.

Na última pesquisa Quaest, Tabata foi citada por 11% dos entrevistados, o que representa um crescimento de três pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Há possibilidade, no entanto, de a candidata sofrer com o chamado “voto útil”. Artistas e intelectuais pró-Boulos divulgaram um manifesto em defesa do voto útil no psolista, atentando para o fato de que o campo progressista pode ficar de fora de um eventual segundo turno, segundo as últimas pesquisas.

A campanha de Tabata, por outro lado, duvida de que o movimento tenha grande impacto em seus eleitores, já que parte do eleitorado da pessebista é de direita e não deve migrar para Boulos. Além disso, a avaliação é de que Boulos não tem força para vencer Nunes e Marçal no segundo turno, e Tabata teria melhor desempenho contra os rivais.

Apoiadores da candidata também divulgaram um manifesto declarando voto nela. Assinaram o documento nomes como o ator Marcos Palmeira, a ex-Diretora Global de Educação do Banco Mundial Claudia Costin, e o ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, Miguel Reale Júnior.

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