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Com SP fechada, Bruno Covas vai à final da Libertadores e é detonado nas redes

Com São Paulo na fase vermelha, a imagem do prefeito torcendo por seu time no Rio de Janeiro causou revolta em internautas

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Bruno Covas vendo final da Libertadores
1 de 1 Bruno Covas vendo final da Libertadores - Foto: Reprodução Twitter

São Paulo – A imagem do prefeito Bruno Covas (PSDB) torcendo na final da Libertadores deixou parte da população da maior cidade do país revoltada. Isso porque a metrópole está vivendo na fase vermelha, em uma quarentena mais rígida, com a circulação restrita nos fins de semana.

No entanto, nesse sábado (30/1), a convite das instituições organizadoras da Copa Libertadores da América, Bruno Covas deixou São Paulo e foi ao Rio de Janeiro com seu filho ver a derrota de seu time, o Santos, para o Palmeiras.

As fotos do político na arquibancada, ao lado de outras pessoas no Maracanã, levaram o nome do tucano a um dos assuntos mais comentados da rede social Twitter. Candidato à prefeitura de São Paulo nas últimas eleições, Guilherme Boulos (PSOL) pediu explicações.

“Imagine um servidor público afastado do cargo para tratamento de saúde ser flagrado na torcida num estádio de futebol em outra cidade. Isso enquanto sua cidade está fechada por conta da pior crise sanitária do século. Bruno Covas deve explicações aos paulistanos”, disse.

Assessor especial para Assuntos Internacionais de Jair Bolsonaro (sem partido), Filipe Martins também detonou Covas. “Ninguém quer impedir Bruno Covas de ir ao estádio com o filho. Tudo o que queremos é que ele deixe de aplicar a si mesmo um critério diferente do que aplica à população paulistana e que pare de impedir pais e filhos de trabalhar pela sobrevivência e dignidade de seus familiares”, escreveu em seu Twitter.

Outro que malhou Covas foi o polêmico apresentador do SBT Danilo Gentili, que postou: “Não pode abrir restaurante depois das 20h nem em fim de semana – mesmo com vacina e restrição – mas dá pra ir no estádio ver jogo?”.  Até mesmo o dono da RedeTV!, Marcelo Carvalho se pronunciou contra o prefeito de SP. “Pelo menos disfarça. Que vergonha, Bruno Covas”, disse em vídeo.

Veja outras interações:

 

“Hipocrisia generalizada”

Após a repercussão da foto nas redes sociais, Bruno Covas se pronunciou em seu perfil no Instagram e chamou as críticas de “hipocrisia generalizada”. “Resolvi tirar mais três dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da Libertadores no Maracanã, um sonho nosso. Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do RJ. Mas a lacração da internet resolveu pegar pesado”, escreveu.

Covas continuou e alegou que ir ao jogo com o filho se trata de um direito dele. “É usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu”, completou.

Por fim, o prefeito afirmou que já havia se preparado para as críticas e disse estar tranquilo. “Quando decidi ir ao jogo, tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila”, encerrou o tucano.

Bruno Covas está afastado de suas funções como prefeito desde o dia 18 de janeiro para tratar um câncer. Segundo a assessoria da prefeitura, a licença do tucano acaba neste domingo (31/1). A cidade tem visto protestos de diferentes categorias de empresários e trabalhadores por conta da restrição do comércio.

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Eles protestam contra as medidas estaduais de combate à pandemia de Covid-19 que exigem o fechamento de restaurantes
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O protesto foi convocado pelo Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de SP) e teve presença de membros da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

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Eles protestam contra as medidas estaduais de combate à pandemia de Covid-19 que exigem o fechamento de restaurantes

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Viagem a Miami

Não é a primeira vez que um tucano é criticado por deixar suas funções e viajar em momento crítico. João Doria (PSDB) também foi reprovado pela opinião pública após endurecer a quarentena por todo o estado de São Paulo e, então, viajar para Miami, no final de 2020.

A reação da população, aliada ao adoecimento do vice-governador do estado, Rodrigo Garcia (DEM), fez com que Doria retornasse ao Brasil e fizesse um pedido público de desculpas.

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