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Com quadrilhas do Pix, casos de sequestro explodem no mês de janeiro

Foram registrados dez casos de sequestro no estado de São Paulo em janeiro de 2023; governo mira quadrilhas do Pix

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1 de 1 Imagem colorida do capô de uma viatura da Polícia Civil de São Paulo - Metrópoles - Foto: Divulgação

São Paulo – Após cair em um golpe, um empresário de 43 anos acabou refém de dois criminosos, perdeu mais de R$ 1 milhão em transferências bancárias, via Pix, e entrou para as estatísticas que apontam explosão de casos de sequestro no estado de São Paulo.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram notificadas dez ocorrências de extorsão mediante sequestro em janeiro de 2023, o primeiro mês do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo.

Esse número já supera o total de ocorrências ao longo do primeiro trimestre de 2022. No ano passado, haviam sido seis casos entre janeiro e março. A tendência de alta preocupa as autoridades de segurança, que têm apostado em operações contra quadrilhas de golpistas para coibir novos casos.

“São os chamados ‘sequestros Pix’. É claro que existe outras formas de pagamento, mas o Pix vem sendo utilizado pelos criminosos”, afirmou o delegado-geral, Artur Dian, ao divulgar os dados nesta segunda-feira (27/2).

Mais de 30 presos

Oito dos dez casos registrados em janeiro de 2023, o equivalente a 80%, já teriam sido esclarecidos e resultaram na prisão de 33 suspeitos, de acordo com a SSP.

No caso do empresário que foi vítima do sequestro milionário, dois criminosos foram presos. A ocorrência aconteceu na zona norte da capital – região que, segundo Dian, teria iniciado a modalidade do golpe do Pix.

Na quinta-feira (24/2), três suspeitos de integrar uma quadrilha especializada foram mortos em uma suposta troca de tiros no bairro do Jaguaré, na zona norte. Um homem de 29 anos também foi preso. De acordo com Dian, integrantes do grupo estariam envolvidos no sequestro de uma juíza e na morte de um policial militar, ocorrida em 2016.

Também na semana passada, a Polícia Civil deteve Ailton Oliveira dos Santos, de 42 anos, o Gato Preto, teria realizado em 2022 ao menos seis sequestros.

“São pessoas perigosíssimas que a gente vem tirando de circulação por cercos efetuados e investigação”, declarou o delegado-geral.

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