Com nomes divulgados, CPIs avançam na Alesp após fila e manobras
Expectativa é que as reuniões tenham início já na próxima semana. CPIs na Alesp geraram atrito entre base governista e partidos de oposição
atualizado
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São Paulo – As listas com os nomes dos integrantes das cinco primeiras Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foram divulgadas nesta sexta-feira (26/5) no Diário Oficial. A expectativa é que as reuniões tenham início já na próxima semana.
De acordo com as regras da Casa, o prazo para a primeira reunião de uma CPI é até cinco dias após a divulgação no Diário Oficial. No primeiro encontro, serão definidos presidente e relator de cada comissão.
A escolha dos membros respeitou o acordo interno da Alesp de manter a proporcionalidade das bancadas de cada partido.
As primeiras CPIs instaladas na Alesp ficaram com as respectivas composições:
- CPI da Enel: Thiago Auricchio (PL), Carlos Cezar (PL), Luiz Fernando (PT), Marcolino (PT), Carla Morando (PSDB), Sebastisão Santos (Republicanos), Mônica Seixas (PSol), Eduardo Nóbrega (Podemos) e Oseias de Madureira (PSD);
- CPI dos Golpes do Pix: Marcos Damasio (PL), Valeria Bolsonaro (PL), Marcolino (PT), Rômulo Fernandes (PT), Maria Lúcia Amary (PSDB), Altair Moraes (Republicanos), Itamar Borges (MDB), Paulo Corrêa Jr (PSD) e Capitão Telhada (PP);
- CPI da Transição de Gênero: Gil Diniz (PL), Tenente Coimbra (PL), Beth Sahão (PT), Professora Bebel (PT), Analice Fernandes (PSDB), Tomé Abduch (Republicanos), Guto Zacarias (União Brasil) e Guilherme Cortez (PSol);
- CPI dos Deslizamentos de Terra: Fabiana Barroso (PL), Bruno Zambelli (PL), Donato (PT), Jorge do Carmo (PT), Vinícius Camarinha (PSDB), Rafael Saraiva (União Brasil), Ediane Maria (PSol), Itamar Borges (MDB) e Capitão Telhada (PP);
- CPI da Epidemia de Crack: Lucas Bove (PL), Danilo Balas (PL), Eduardo Suplicy (PT), Simão Pedro (PT), Rafa Zimbaldi (Cidadania), Guto Zacarias (União Brasil), Paula Nunes (PSol), Paulo Correa Jr (PSD) e Delegado Olim (PP).
Casa comissão contará com nove membros titulares, igual quantidade de substitutos, e terá 120 dias de duração, com a possibilidade de prorrogar o prazo por mais 60 dias.
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Oposição sem CPI
Uma manobra da base do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Alesp impediu que partidos de oposição emplacassem CPIs nesta legislatura. Isso livrou o governador de lidar com temas incômodos, como um tiroteio que ocorreu durante agenda de campanha no ano passado e que estava na mira do PT.
Com três dias de antecedência, deputados escalaram assessores para dar início à fila (foto de destaque) de protocolos das comissões. Os servidores se revezaram na entrada do plenário da assembleia, onde passaram duas noites e tiveram até senhas distribuídas para garantir o lugar.
A pressa em formar a fila ocorreu porque as CPIs são instaladas de acordo com a ordem de entrega dos requerimentos e só podem ocorrer cinco comissões simultaneamente.
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A estratégia da base governista deixou partidos de oposição no fim da fila de entregas, sem a possibilidade de emplacar CPIs antes do fim dos mandatos dos deputados.