Com mais de 2 milhões de casos de dengue em 2024, SP bate recorde
Esses são os maiores números registrados desde o início da série histórica, no ano 2000. Veja dicas para evitar novos casos de dengue
atualizado
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São Paulo — O estado de São Paulo registrou mais de 2 milhões de casos confirmados de dengue em 2024, de acordo com o painel de monitoramento da doença feito pela Secretaria Estadual da Saúde. Segundo a pasta, no total, São Paulo apresentou 2.112.177 casos confirmados com 2.005 óbitos, uma taxa de letalidade de 0,09%.
Esses são os maiores números registrados desde o ano 2000, que marcou o início do registro da série histórica em SP.
Com mais de 2,16 milhões de casos prováveis de dengue neste ano, 2024 superou o recorde anterior, de 745 mil, de 2015, e se tornou o ano com maior número de notificações da história do estado de São Paulo.
Ambiente propício para novos casos
O Brasil oferece ambientes bastante propícios para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, Zika e chikungunya. Antes endêmico de regiões mais quentes e litorâneas, hoje ele está amplamente distribuído por todo o território nacional, tendo sido registrado em mais de 90% dos municípios, segundo o Ministério da Saúde.
Essa disseminação é resultado de uma combinação de fatores climáticos, geográficos e sociais, como temperatura e umidade do ar elevadas durante boa parte do ano, urbanização desordenada e falta de saneamento básico adequado.
O resultado é que, até o início de novembro deste ano, a dengue já superava os 6,6 milhões de casos prováveis no Brasil, recorde histórico da doença, e a chikungunya acumulava mais de 265 mil registros – cerca de 100 mil a mais quando comparado a 2023.
A forma mais efetiva de reduzir tais índices, e prevenir a disseminação das chamadas arboviroses, continua sendo combater a cadeia de reprodução do mosquito, conhecido por se desenvolver em ambientes de água parada.
De acordo com o Ministério da Saúde, 75% dos focos de criadouros do inseto estão localizados dentro dos domicílios, e dez minutos semanais de dedicação seriam suficientes para eliminá-los e interromper o ciclo de reprodução do vetor.
Dicas para combater a dengue
- Mantenha a caixa d’água totalmente vedada e avalie a possibilidade de colocar uma tela na saída do ladrão. O mesmo cuidado é válido para cisternas e tonéis que servem como reservatório de água;
- Feche bem os sacos de lixo e procure colocá-los em locais mais altos, fora do alcance de animais. Já as lixeiras devem permanecer sempre muito bem tampadas;
- Avalie quais pratinhos de plantas podem ser eliminados e preencha com areia até a borda aqueles que forem mantidos;
- Dispense corretamente no lixo qualquer tipo de objeto que não seja utilizado e tenha potencial para acumular água. Garrafas, potes e vasos devem estar vazios e, se possível, tampados;
- Retire folhas, galhos e sujeiras que impeçam o livre escoamento da água da chuva pelas calhas;
- Instale telas nos ralos e mantenha-os sempre limpos. Caso estejam fora de uso, deixe-os muito bem tampados – o mesmo é válido para sanitários que são utilizados eventualmente;
- Limpe e seque as bandejas de ar-condicionado e geladeira – modelos mais antigos do eletrodoméstico podem ter o reservatório na parte de trás;
- Utilizando a parte mais áspera da bucha, esfregue muito bem o fundo e as laterais de potes de água oferecidos a animais, assim como qualquer outro apetrecho usado para guardar água;
- Na área de serviço, mantenha baldes e outros utensílios virados com a boca para baixo;
- Estique ao máximo as lonas usadas para cobrir objetos, evitando a formação de poças d’água em caso de chuva;
- Mantenha em dia a manutenção de piscinas. Os cuidados semanais incluem sanitização da água com cloro e a limpeza das bordas.