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Com indicadores ruins, Nunes ainda não definiu secretaria da Educação

Pasta é cobiçada pelo PL, mas prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirma que vai tomar decisão para área sem indicação de partidos

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Imagem colorida mostra o prefeito Ricardo Nunes, homem branco, de cabelo e barba pretos, vestindo terno azul e camisa branca, durante entrevista ao Metrópoles em seu gabinete - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o prefeito Ricardo Nunes, homem branco, de cabelo e barba pretos, vestindo terno azul e camisa branca, durante entrevista ao Metrópoles em seu gabinete - Metrópoles - Foto: DANILO M. YOSHIOKA/METRÓPOLES

São Paulo O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) já anunciou nove secretários de seu futuro governo, mas o nome do próximo chefe da Educação segue desconhecido, em meio à indecisão sobre manter ou não o atual secretário da pasta.

Com o maior orçamento do governo, a Secretaria da Educação está hoje sob o comando de Fernando Padula, político com longo histórico de atuação em gestões tucanas e indicado para o cargo em 2021 por Bruno Covas.

Durante sua gestão na pasta, alguns dos principais indicadores de qualidade da rede municipal de ensino registraram piora. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal referência sobre a qualidade da educação no país, ficou abaixo do nível pré-pandemia em São Paulo para os anos iniciais do ensino fundamental.

Em 2019, a cidade recebeu nota 6 no Ideb, em uma escala que vai de 0 a 10, para os anos iniciais do fundamental. Já em 2023, a nota caiu para 5,6, pior que a registrada em 2021, em meio à pandemia, quando a cidade teve nota 5,7.

Nos anos finais do fundamental, o indicador voltou ao mesmo patamar registrado em 2019, 4,8. Assim como no caso dos anos iniciais, a nota foi menor que a registrada em 2021, quando a cidade tinha conseguido 5,1.

A alfabetização dos estudantes também deixou a desejar na capital paulista. Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação em julho deste ano mostrou que a cidade de São Paulo só conseguiu alfabetizar 37,9% dos seus alunos até o 2º ano do fundamental.

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Os gargalos da rede municipal de ensino foram utilizados contra Nunes durante as eleições municipais. Ativista da educação e então candidata à Prefeitura, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) questionou o prefeito em debates sobre o desempenho ruim da pasta.

“A educação em São Paulo andou para trás nos últimos anos. Ricardo Nunes vai ser o primeiro prefeito da nossa história, desde que o Ideb foi criado, a entregar resultados piores em português e matemática em anos iniciais e finais do que aqueles que ele recebeu”, afirmou Tabata durante evento em setembro.

Nunes se defendeu dos ataques dizendo que a cidade tinha uma educação melhor que outras cidades e que sua gestão tinha compromisso em melhorar a área em um futuro mandato.

“A gente teve 2021 e 2022 de pandemia. Nós temos um dado muito importante. A média do Ideb nos anos finais, de todas as cidades, foi de 4,6. A nossa foi de 4,8. Nossos dados são melhores do que Recife e Belém, por exemplo. Mas é lógico que temos de fazer muita coisa”, disse o prefeito.

Depois de eleito, o emedebista viu a pasta ser cobiçada por um dos principais partidos de sua coligação, o PL de Jair Bolsonaro. Nunes optou, no entanto, por deixar o partido com a pasta de Meio Ambiente, que será comandada pelo bolsonarista Rodrigo Ashiuchi — atual prefeito de Suzano, no interior do estado.

“Não terá indicação de partido na Educação”, afirmou o prefeito ao Metrópoles nessa segunda-feira (23/12). Agora, o prefeito avalia se vai ou não manter o nome de Padula à frente da secretaria.

Na semana passada, o prefeito se reuniu com uma série de especialistas em educação para receber sugestões do grupo para melhorar os indicadores da área na cidade. Padula também participou do encontro.

Quem for escolhido para a pasta vai administrar um orçamento de R$ 23 bilhões em 2025 – o maior entre todas as secretarias do governo. A rede municipal de ensino tem mais de 1 milhão de alunos.

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