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Com “hub” que simula metrô, SP lança novo plano contra Cracolândia

Repaginado pelo governo, reabre na 5ª centro que serve como porta de entrada para usuários da Cracolândia que buscam tratamento

atualizado

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Montagem de barracas e tendas voltou a ser proibida na cracolândia
1 de 1 Montagem de barracas e tendas voltou a ser proibida na cracolândia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – A partir desta quinta-feira (6/4), a “porta de entrada” dos usuários de drogas que procuram tratamento na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, terá cara nova, assim como a jornada que eles devem percorrer até atingirem o objetivo de se livrar da dependência química.

Centro de referência do estado no tratamento de drogas, como o próprio nome diz, o Cratod foi completamente “ressignificado” pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), para o mais novo plano de acabar com a Cracolândia, feito que nenhuma outra gestão conseguiu até agora.

A unidade, que fica no bairro do Bom Retiro, próxima dos fluxos de usuários de drogas, rebatizados como “cenas abertas” pelo novo governo, passou por uma reforma para ficar mais atrativa para os dependentes que circulam pela região, cerca de 1.500 atualmente, segundo as autoridades.

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Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020
Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo
Apesar de ter ocorrido uma ocupação massiva da Praça Princesa Isabel, com o passar dos dias movimento diminuiu
Praça Princesa Isabel foi ocupada por barracas e usuários de craque
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Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local

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Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020

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Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo

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Apesar de ter ocorrido uma ocupação massiva da Praça Princesa Isabel, com o passar dos dias movimento diminuiu

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Praça Princesa Isabel foi ocupada por barracas e usuários de craque

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Montagem de barracas e tendas voltou a ser proibida na cracolândia

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Dependentes químicos se concentram na Rua Gusmões, no centro de SP

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GCM dobrou o fluxo de agentes na região da Cracolândia

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Cracolândia reúne usuários de drogas em SP

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O piso térreo virou uma extensão da rua, onde diferentes tipos de abordagens e atendimentos serão feitos, enquanto que os três andares superiores foram caracterizados como as estações de metrô da cidade, com os mesmos nomes e cores das que existem na capital.

“Ele é um serviço de saúde sem a aparência de um serviço de saúde”, resume o vice-governador Felício Ramuth (PSD), escalado por Tarcísio para liderar o projeto da Cracolândia.

Haverá espaço para atendimento, convivência e dormitórios para as primeiras noites dos usuários que aceitarem iniciar tratamento. Cada sala remeterá a um local conhecido da cidade de São Paulo, com 22 painéis produzidos pelo designer gráfico Jean Rosa, que ficou conhecido por fazer ilustrações irreverentes em fotos de pontos turísticos paulistanos.

No mesmo local, que será administrado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), organização social de saúde que já atua na gestão de equipamentos públicos voltados a usuários de drogas, também trabalharão equipes de entidades da sociedade civil e religiosas, como o Narcóticos Anônimos, a Aliança da Misericórdia, da Igreja Católica, e a Cristolândia, comandada por evangélicos.

Por reunir tantas frentes de atendimento, o governo Tarcísio rebatizou a “porta de entrada” do tratamento de dependentes químicos de “Hub de cuidados em crack e outras drogas”. O espaço começa a operar nesta quinta-feira, mas será oficialmente inaugurado na próxima terça-feira (11/4).

Para levar os usuários das “cenas abertas” de consumo de drogas espalhadas pelo centro até o “hub”, o governo estadual e a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), em ação coordenada, vão ampliar as equipes de assistência social e os grupos de missionários ligados às igrejas para fazer as abordagens nas ruas. Por causa da dispersão do antigo fluxo da Cracolândia em diferentes pontos, 20 equipes atuarão motorizadas.

“A dispersão piorou a sensação de segurança para quem mora na região. Para o cidadão comum que anda por lá também ficou pior, porque ele nunca sabe onde vai encontrar (o fluxo de usuários). Mas para o trabalho completo que estamos desenvolvendo em conjunto, o fato de estar espalhado facilita a abordagem pelas equipes de convencimento”, afirma Ramuth.

Uma vez no “hub” do estado, o usuário receberá atendimento especializado e personalizado, segundo o vice-governador, para definir o melhor caminho de tratamento. “Não tem isso de redução de danos, não tem isso de abstinência. Cada paciente é um caso. O atendimento precisa respeitar a singularidade de cada um”.

Dependendo do diagnóstico, o usuário de drogas pode ser encaminhado para uma clínica de desintoxicação, para um hospital geral ou psiquiátrico, clínicas terapêuticas, hotéis sociais ou abrigos, sempre com acompanhamento profissional especializado. A etapa final será providenciar uma moradia e um emprego para o dependente recuperado.

Segundo Ramuth, São Paulo tem hoje vagas ociosas para internação. “Temos 1.900 vagas em comunidades terapêuticas, 700 delas estão livres”, afirma o vice-governador. A expectativa é que ao menos parte dessas vagas seja preenchida à medida que o novo plano contra a Cracolândia avance na região.

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