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Com Frota, família de vítima de helicóptero faz doação para travestis

Material de trabalho de Letícia Ayumi, de 20 anos, que morreu na queda de um helicóptero em Paraibuna (SP) será doado na segunda (21/1)

atualizado

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Imagem colorida de mãe e filha. Elas estão lado a lado e olham para a câmera- Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mãe e filha. Elas estão lado a lado e olham para a câmera- Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – Com apoio do ex-deputado federal Alexandre Frota, a família de Letícia Ayumi, de 20 anos, que morreu na queda de um helicóptero no interior paulista, vai doar o material de trabalho da jovem para uma casa de acolhimento para travestis e mulheres transexuais em São Paulo.

Letícia era especialista em aplicação de unhas de gel e tinha um studio montado na casa dos avós. Segundo familiares, todo o material de trabalho (veja abaixo) será doado para a Casa Florescer, no centro da capital paulista, na segunda-feira (22/1). Participam da entrega Silvia Santos, 42, que é tia da jovem, e o parlamentar.

Letícia e a mãe, Luciana Rodzewics, 46, estavam a bordo do helicóptero que decolou no Campo de Marte, na capital paulista, na véspera do Réveillon, e ficou 12 dias desaparecido. Também morreram no acidente o piloto Cassiano Tete Teodoro, 44, e o passageiro Raphael Torres de Oliveira, 41.

Os destroços da aeronave foram encontrados em uma área de mata de Paraibuna, no Vale do Paraíba, no dia 12 de janeiro. Segundo relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), o helicóptero teria “colidido com a vegetação” durante o voo.

8 imagens
Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP
Raphael Torres é amigo de Letícia
Print de vídeo enviado por Letícia Ayumi a namorado
Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
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Piloto Cassiano Tete Teodoro conduzia helicóptero que sumiu

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Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP

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Raphael Torres é amigo de Letícia

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Print de vídeo enviado por Letícia Ayumi a namorado

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Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer

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Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer

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Fotografia da vista do helicóptero que desapareceu mostra área de mata fechada e bastante neblina

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Outra foto enviada por Letícia mostra helicóptero pousado no chão

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Acidente

O helicóptero foi detectado pela última vez no radar por volta de 15h20 de 31 de dezembro de 2023. Naquele dia, o tempo estava ruim e havia muita neblina na região de Paraibuna.

Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia chegou a enviar mensagens para o namorado avisando sobre as más condições climáticas. Ela gravou um vídeo em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem nenhuma visibilidade.

A jovem também relatou que o piloto precisou fazer um pouso forçado. “Tá perigoso. Muita neblina. Estou voltando”, escreveu.

A aeronave caiu pouco depois. Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles, três cadáveres foram encontrados presos à fuselagem. Já o quarto corpo foi localizado caído na área de mata, perto dos escombros.

O boletim de ocorrência trata o piloto como “autor” da queda. O documento foi registrado pela Delegacia Seccional de Jacareí como “homicídio culposo” (quando não há intenção de matar) por “inobservância de regra técnica de profissão”.

Casa Florescer

Fundada em 2016, a Casa Florescer é um centro de acolhida exclusivo para travestis e mulheres transexuais em situação de vulnerabilidade. A unidade que receberá a doação da família de Letícia fica no Bom Retiro, bairro centro da capital paulista.

No seu site, a entidade diz que a intenção do projeto é que “essas pessoas, que antes se viam desamparadas, tenham acesso a possibilidades através do olhar e da intervenção do outro”.

“Além do acolhimento, existe o viés educativo, no qual as cidadãs ficam cientes dos seus direitos e conhecem maneiras de garanti-los”, afirma.

A Casa Florescer oferece dormitórios, refeitório, lavanderia, além de atendimentos psicológico e social. Segundo a entendida, mais de 600 mulheres já passaram pelo serviço.

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