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Com curso de agro na cadeia, Ronnie Lessa planeja virar fazendeiro

Assassino confesso de Marielle Franco, miliciano Ronnie Lessa está em cadeia de SP e fez acordo para cumprir 18 anos em regime fechado

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Imagem colorida do registro de Ronnie Lessa na P1 de Tremembé. Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do registro de Ronnie Lessa na P1 de Tremembé. Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – Assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que foram mortos a tiros na capital fluminense, em março de 2018, o miliciano Ronnie Lessa, de 53 anos, já faz planos para quando estiver fora da cadeia. Atualmente, ele está detido no interior de São Paulo.

Acusado de integrar o Escritório do Crime, milícia que domina área da zona oeste do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa está preso desde 2019 e já declarou para agentes do sistema penitenciário federal, onde estava antes de ser transferido para São Paulo, que pretende se tornar fazendeiro.

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Ronnie Lessa foi preso em 2019 por matar Marielle Franco
Ex-PM, Ronnie Lessa citou Chiquinho Brazão em investigação sobre Marielle
Ronnie Lessa
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Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes
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Foto de registro de Ronnie Lessa na P1 de Tremembé

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Na cadeia, o miliciano realizou curso de agropecuária. Feita à distância, a qualificação profissional durou 450 horas e foi realizada entre maio e setembro de 2022. O certificado de conclusão foi emitido em outubro daquele ano.

O preso também fez curso de espanhol e realizou formações semelhantes como mecânico e auxiliar administrativo. Anotação do seu plano de individualização de pena, obtido pelo Metrópoles, mostra, ainda, que Ronnie Lessa começou a escrever um livro.

Presídio federal

O miliciano foi detido em março de 2019 e, desde então, passou a maior parte do tempo no sistema federal, que é destinado a líderes de facção e criminosos de maior periculosidade. Consideradas de segurança máxima, as unidades mantêm os custodiados isolados e sob intensa vigilância.

Em 2023, após passar por Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS), Ronnie Lessa negociou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal (PF). Em troca de pena mais leve, concordou em confessar o assassinato de Marielle, detalhar o planejamento do crime e informar quem seriam os mandantes.

Foram delatados pelo miliciano os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, que são deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, respectivamente. Ambos negam envolvimento na morte da vereadora.

Ao policiais, o pistoleiro também contou que a motivação do assassinato de Marielle envolvia um esquema milionário de loteamentos clandestinos na zona oeste do Rio. Entre os milicianos, a vereadora era considerada um entrave para o negócio criminoso.

A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com ela, Ronnie conseguiu os benefícios de cumprir 18 anos de prisão em regime fechado, a contar da sua detenção, e de cumprir pena em sistema estadual.

Cadeia em SP

Em 20 de junho deste ano, Ronnie Lessa foi transferido para a Penitenciária 1 de Tremembé, no interior de São Paulo, cadeia mais perto da família. Casado, o miliciano tem três filhos.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi contrário à transferência de Ronnie Lessa para uma cadeia paulista. Em parecer, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) afirmou que o Complexo Penitenciário de Tremembé, conhecido por receber condenados por crimes de grande repercussão, não é de segurança máxima.

Além da morte de Marielle e de Anderson, o miliciano já foi investigado por envolvimento com jogo do bicho, tráfico internacional de armas e outros homicídios.

No dia da transferência para Tremembé, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) também denunciou um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC), que é rival de milicianos, para matar o executor de Marielle Franco.

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