Com aval de Tarcísio, André Mendonça emplaca aliado em cadeira do TCE
Maxwell Borges de Moura Vieira, aliado do ministro André Mendonça, deve assumir vaga de conselheiro no TCE com apoio de Tarcísio
atualizado
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São Paulo — Um indicado do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o grande favorito para assumir uma cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE).
A vaga será definida pela Assembleia Legislativa (Alesp). O Metrópoles apurou que o advogado Maxwell Borges de Moura Vieira já conseguiu consenso entre os principais líderes partidários para assumir a cadeira do conselheiro Robson Marinho, que deve se aposentar no mês que vem.
Max, como é conhecido, foi preterido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no ano passado, quando o escolhido para a última vaga na Corte foi Marco Bertaiolli, indicação de Gilberto Kassab (PSD) e Valdemar Costa Neto (PL).
Irritação
Mendonça admitiu na época a pessoas próximas sua irritação por ter tido sua indicação preterida pelo governador, que foi seu colega na Esplanada dos Ministérios durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Na época da eleição de 2022, Tarcísio teria se colocado à disposição para receber indicações e conselhos do ministro do STF caso fosse eleito.
Bertaiolli foi indicado em setembro de 2023 pela Alesp. Depois disso, Mendonça foi o responsável por uma das decisões mais importantes para o gestão Tarcísio no STF. Em dezembro daquele ano, o ministro negou uma liminar solicitada pelo PT e o PSol em uma ação contra o decreto do governo que facilitava a privatização da Sabesp – o processo acabou concretizado.
Assinaturas
Agora, porém, a situação de Max é bem diferente da de 2023. A reportagem apurou que ele tem apoio de Tarcísio e já teria mais de 70 assinaturas, de 94 possíveis, em favor de sua candidatura na Alesp. A expectativa é que ele possa conseguir uma nomeação quase unânime.
Max foi diretor do Detran paulista entre 2017 e 2019, nos governos do PSDB, e diretor da Telebras durante o governo Bolsonaro. Aos petistas, Mendonça já argumentou que se trata de um nome técnico.