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Com apagão em SP, varejo e serviços têm prejuízo de R$ 1,65 bilhão

Balanço da Fecomercio considera perdas brutas nos dias em que blecaute atingiu região metropolitana. Cerca de 250 mil imóveis seguem sem luz

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Rua Irineu Marinho, 156 Alto da Boa Vista, zona sul de SP - Metrópoles
1 de 1 Rua Irineu Marinho, 156 Alto da Boa Vista, zona sul de SP - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — Um balanço da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que o apagão que atinge a região metropolitana desde sexta-feira (11/10) já impôs prejuízos de R$ 1,65 bilhão aos setores de varejo e de serviços. A falta de energia ainda afeta cerca de 250 mil imóveis na Grande São Paulo.

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Semáforos desligados após apagão em São Paulo. Na foto, Avenida Santo Amaro, altura do 6.400
Semáforos desligados após apagão em São Paulo. Na foto, Avenida Santo Amaro, altura do 6.400
Semáforos desligados após apagão em São Paulo. Na foto, Avenida Santo Amaro, altura do 6.400
Semáforos desligados após apagão em São Paulo. Na foto, Avenida Santo Amaro, altura do 6.400
Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo
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Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo

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Rua Irineu Marinho, 156, Alto da Boa Vista, zona sul de São Paulo

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Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo-apagão na Rua 9 de Julho, zona sul de SP

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Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo

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Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo

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Estragos pós-apagão na Avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo

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Árvore caída na Rua João da Cunha Vasconcelos, região do Campo Limpo (SP), na zona sul

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Funcionário da Enel em rua da zona sul de São Paulo

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Moradoras da Estrada do Campo Limpo fazem panelaço contra apagão

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Funcionário da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) organiza trânsito na Avenida Carlos Caldeira Filho, na zona sul, com semáforos apagados

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Em nota, a entidade informou que o cálculo se baseia nas perdas brutas, ou seja, o faturamento que os dois setores deixaram de registrar no período do blecaute.

“Esse valor deverá ser maior, porque a empresa responsável pela distribuição de energia, a Enel, ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço à totalidade dos imóveis que dependem da rede”, disse a entidade.

Os números da Fecomercio indicam que só o varejo paulistano teve prejuízos de pelo menos R$ 536 milhões. “No caso dos serviços, as perdas somaram R$ 1,1 bilhão”, informou.

Os dados levam em conta, segundo a Fecomercio, que o comércio de São Paulo tende a faturar nos fins de semana, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões.

A federação informou, ainda, que está trabalhando desde sexta-feira para colaborar com os setores mais afetados pelo novo apagão, além de dialogar com autoridades, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Prefeitura de São Paulo. A entidade também cobra da Enel que “faça a restauração da distribuição com o máximo de urgência possível”.

Na atualização mais recente, divulgada na manhã desta terça-feira (15/10), a Enel informou que “tem trabalhado incessantemente, desde a noite de sexta-feira, quando a área de concessão foi atingida por rajadas de vento de até 107 km/h, provocando danos severos na rede elétrica”.

“A companhia reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros estados. Até as 6h de hoje (15/10), cerca de 1,8 milhão de clientes tiveram a energia restabelecida. Técnicos da distribuidora seguem atuando para restabelecer o serviço para cerca de 250 mil clientes na Região Metropolitana de São Paulo”, informou a Enel, em nota.

Quarto dia de apagão

O apagão entrou, nesta terça-feira, no quarto dia. A capital tem sido a área mais castigada pelo blecaute, principalmente a zona sul. Na noite dessa segunda-feira (14/10), moradores da região fizeram protestos nas ruas, com bloqueio de vias e panelaço, para cobrar o retorno da energia elétrica.

Jabaquara, Santo Amaro, Pedreira e Campo Limpo, todos na zona sul, estão entre os bairros mais afetados no momento. Outras cidades prejudicadas com a falta de luz na Grande São Paulo são Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo.

Além da falta de luz, houve um rastro de mortes e destruição no estado. De acordo com a Defesa Civil do estado, sete pessoas morreram em consequência das chuvas: três em Bauru, no interior, duas em Cotia e uma em Diadema, na Grande São Paulo, e uma na capital paulista.

O apagão ainda afetou o abastecimento de água em diversas regiões. Segundo último boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado na noite dessa segunda-feira (14/10), a operação do abastecimento de água foi retomada na maioria das regiões afetadas pelo apagão de energia na Grande São Paulo.

Semáforos desligados

Muitos semáforos foram desligados durante o temporal, e em alguns cruzamentos da capital a situação se arrasta. Em nota ao Metrópoles, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que o apagão provocou o desligamento de 187 faróis.

Às 7h desta terça-feira, ainda havia 48 equipamentos apagados por falta de energia. “As equipes de campo estão nas ruas para auxiliar na fluidez do trânsito e na segurança da população”, disse o órgão.

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