Cigarros piratas: polícia fecha fábrica clandestina no interior de SP
Polícia fechou fábrica clandestina de cigarros em Itatiba, em SP; dois homens acabaram presos e 3,3 milhões de unidades foram apreendidas
atualizado
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São Paulo — A Polícia Civil fechou uma fábrica clandestina de cigarros piratas na cidade de Itatiba, no interior de São Paulo. O galpão contava com estrutura industrial, com maquinário apropriado, embalagens e matéria-prima para a produção. Foram presos dois homens, de 22 e 30 anos. A ação aconteceu na última sexta-feira (8/3), mas foi divulgada nesta segunda (11/3) pelas autoridades.
A polícia recebeu uma denúncia de que um veículo deixaria Itatiba transportando cigarros. Os agentes seguiram até o bairro Sítio da Moenda e encontraram o esquema completo em um galpão.
De acordo com a Polícia Civil, foram apreendidos cerca de 3,3 milhões de cigarros, uma caixa de fumo com potencial para produzir até 150 mil unidades, 490 mil embalagens, 3 sacos com embalagens soltas, três caixas com filtros e maquinário.
A polícia encontrou um grupo de pessoas no galpão e dois suspeitos se apresentaram como funcionários. Segundo os agentes, ambos disseram que não sabiam sobre ilegalidade da produção.
Segundo a investigação, que trata também sobre tráfico de drogas, os responsáveis pela fábrica tentavam minimizar perdas com apreensões durante o transporte do produto, daí o uso da fábrica como uma espécie de centro de distribuição.
De forma geral, cigarros são contrabandeados do Paraguai, onde são fabricados com fumo vindo em grande parte do Brasil.
Embalagens encontradas pela Polícia Civil em Itatiba são referentes à marca Eight, que pertence à Tabacaleras del Este (Tabesa), relacionada ao ex-presidente paraguaio Horácio Cartes. A venda é proibida no Brasil, mas o produto é facilmente encontrado nas ruas. Uma carreta carregada de cigarros contrabandeados chega a custar mais de R$ 2 milhões.
Segundo a polícia, os dois homens detidos na sexta pagaram fiança e foram liberados.