Cidade de São Paulo tem apenas 300 doses de vacina contra a dengue
Vacina contra a dengue já está em falta nos postos de saúde da capital, segundo secretário; novas doses devem chegar até julho
atualizado
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São Paulo — A cidade de São Paulo conta, atualmente, com apenas 300 doses de vacina contra a dengue em seu estoque.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a capital está próxima de zerar as doses e aguarda o reabastecimento pelo Ministério da Saúde (MS). A maior preocupação é que as novas doses cheguem a tempo da aplicação da 2ª dose, que deve ser feita três meses após a primeira vacinação.
Os imunizantes têm como público crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, que hoje representam cerca de 600 mil moradores da cidade.
Segundo o G1, o secretário municipal de saúde, Luiz Carlos Zamarco, disse, na manhã desta terça-feira (18/6), que a maioria dos postos da capital está sofrendo com a falta do imunizante. No início do mês, a secretaria solicitou que o ministério fizesse o repasse de mais doses.
Desde que recebeu o primeiro lote de imunizantes do MS, em 4 de abril, a prefeitura de São Paulo pede pela a ampliação do programa de imunização na capital. Em março, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou o governo federal pela demora na inclusão da cidade no programa de imunizantes e tem pedido o aumento da quantidade de doses enviadas.
Ao todo, a cidade já recebeu 185.989 vacinas. Segundo o secretário municipal, a cidade aplica uma média 11 mil doses do imunizante por dia.
Desde o início do ano, já foram registrados 501.751 casos de dengue na capital e 220 mortes provocadas pela doença. No estado, o total de casos ultrapassa 1,5 milhão e as mortes por dengue chegam a 1.164.
Reabastecimento
Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebeu 212,1 mil doses de vacina do Ministério da Saúde, que foram encaminhadas para os Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE), que devem redistribuí-las entre os municípios do estado.
O governo federal garantiu que os novos imunizantes chegarão até julho nos postos da capital, mas ainda não há informações em relação à quantidade de doses enviadas.
Em nota, a secretaria estadual sinalizou que “a aquisição das vacinas, bem como a definição dos municípios contemplados e das quantidades para cada cidade, cabe exclusivamente ao Ministério da Saúde”.