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Cidade de SP registra 241 casos de mpox de janeiro a agosto

De 8 a 15 de agosto, mais 24 casos de mpox foram confirmados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) na cidade de São Paulo

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1 de 1 mpox - Foto: Shutterstock

São Paulo — A cidade de São Paulo registrou 241 casos confirmados de mpox de janeiro a 15 de agosto de 2024, de acordo com o último boletim de monitoramento da doença da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) divulgado nesta terça-feira (20/8). Mais 24 casos da doença, antigamente conhecida como varíola dos macacos, foram confirmados em uma semana, de 8 a 15 de agosto, uma vez que o boletim anterior indicava 217 casos confirmados.

Segundo a pasta, não há óbitos na cidade em decorrência da doença neste ano. Na sérvie histórica, desde janeiro de 2022, há 2 óbitos e 3.278 casos confirmados.

De janeiro a agosto deste ano, apenas 8 (3,3%) pacientes com mpox foram hospitalizados, enquanto 122 (50,6%) não precisaram ficar internados. Casos em investigação somam 111 registros (46,1%). 

Em 15 de agosto, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que o estado de São Paulo registrou pelo menos 315 casos confirmados de mpox nos primeiros sete meses de 2024.

Segundo a pasta, entre janeiro e julho deste ano o número de casos da doença cresceu 257% em relação ao mesmo período de 2023, quando 88 casos da doença foram registrados no estado.

No entanto, os números de 2024 estão bem abaixo do registrado em 2022, primeiro ano da doença, quando 4.129 casos de mpox foram registrados no estado durante todo o ano.

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do governo do estado, atualizado pela última vez nesta terça-feira (20/8), registrou 4.829 casos da doença confirmados e 3 óbitos desde o primeiro caso até o momento.

Em 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), em reunião extraordinária. A alta de casos global, em especial na África Oriental e Central, e as evidências de maior letalidade da doença foram consideradas determinantes para a decisão de reclassificar a doença.

Vacinação

A Prefeitura de São Paulo informou que aguarda o envio pelo Ministério da Saúde de doses da vacina MVA-BN Jynneos Mpox.

“O último lote recebido pelo município foi em março de 2023 e destinado, à época, ao grupo específico, elegível pelo ministério, de adultos imunossuprimidos vivendo com HIV”, diz o comunicado.

Em 15 de agosto, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que o ministério negocia com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) 25 mil doses de vacinação emergencial. Atualmente, no Brasil, há 49 mil doses da vacina.

Apesar disso, segundo a ministra, a população não deve se sentir insegura. “A vacinação nunca será uma estratégia de massa para a mpox. Ela [a vacina] será usada, mas de forma muito seletiva”, explicou a ministra.

No grupo prioritário para receber o imunizante estão as pessoas que vivem com HIV/Aids e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios (pré-exposição).

Além desses grupos, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença (pós-exposição).

Os especialistas ainda estudam a eficácia da vacina existente contra a nova cepa do vírus.

A doença

A mpox é causada pelo vírus monkeypox. Os principais sintomas incluem:

  • Cansaço;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no corpo;
  • Bolhas ou feridas na pele.

De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão ocorre por meio do contato com feridas, bolhas na pele ou gotículas respiratórias de pessoas infectadas.

Além disso, o contágio pode ocorrer quando há compartilhamento de objetos que tenham sido usados pelos infectados.

Uma nova variante do vírus mpox, mais infecciosa e potencialmente mais fatal do que a que circulou no surto global de 2022, foi documentada no Congo, na África, em abril.

Um estudo publicado na plataforma medRxiv, que divulga pesquisas sem revisão de pares, relatou que 29% dos casos da doença do surto atual ocorreram entre trabalhadores do sexo.

No entanto, atualmente, não se sabe se o vírus pode ser transmitido por vias de transmissão sexual – como, por exemplo, o sêmen e os fluidos vaginais. O entendimento é que o ato sexual seria uma oportunidade de contágio devido ao contato direto da pele com as lesões durante as atividades sexuais.

Não existe um tratamento específico para a infecção. O atendimento médico é focado em aliviar a dor e outros sintomas, além de prevenir possíveis sequelas a longo prazo.

É importante estar atento ao agravamento dos sintomas, como o aumento no número de bolhas e feridas no corpo, assim como a ocorrência de problemas oculares, como inchaço e conjuntivite.

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