Cidade de São Paulo registra 533 casos de mpox confirmados em 2024
Em uma semana, foram confirmados mais 18 casos da doença, antigamente conhecida como varíola dos macacos, em SP
atualizado
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São Paulo — A cidade de São Paulo registrou 533 casos de mpox neste ano até a última quinta-feira (24/10), de acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado nesta terça-feira (29/10). Em relação ao último boletim, houve um aumento de 18 casos da doença, antigamente conhecida como varíola dos macacos.
Em uma semana, de 17 a 24 de outubro, o número de casos cresceu de 515 para 533, um aumento de cerca de 3,5%. Na semana anterior, o crescimento havia sido o triplo disso: 49 casos foram confirmados entre 11 e 17 de outubro, uma variação de 10%.
O sudeste da capital paulista é a região onde se concentra a maioria dos casos confirmados (161), seguido pela região central (150), norte (63), sul (60), oeste (56) e leste (42).
Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da pasta, não há mortes registradas na capital em decorrência da doença neste ano. Na série histórica, desde maio de 2022, houve duas mortes e 3.568 casos confirmados.
No estado de São Paulo, foram registrados 840 casos de mpox em 2024, de acordo com informações da Secretaria Estadual da Saúde. O levantamento considera o período de janeiro até esta terça. Não houve mortes em decorrência da doença neste ano.
O número é bastante inferior aos 4.129 casos confirmados em 2022, ano em que a doença atingiu o pico no estado. Até o momento, nenhum caso foi registrado da nova variante da mpox, Clado 1b, em território brasileiro. Na última terça (22/10), a mesma variante foi detectada na Alemanha pela primeira vez, de acordo com o Instituto Robert Koch.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do governo do estado, registrou, até esta terça, 5.278 casos da doença confirmados e três mortes desde o primeiro caso.
Vacinação em São Paulo
Na liderança isolada de casos no estado, a cidade de São Paulo promoveu vacinação contra mpox em março deste ano, destinada inicialmente a adultos com mais risco de desenvolver as formas mais graves da doença. No entanto, com o término dos estoques, a imunização foi encerrada.
O Hospital Emílio Ribas, na zona oeste da capital, é indicado pela secretaria como referência para o atendimento de casos graves no estado. A pasta diz estar “atenta ao cenário e que todas as unidades de saúde já possuem recomendações técnicas de monitoramento e acompanhamento da doença, para que, de forma preventiva, possam atender e auxiliar a população”.
OMS aprova vacina para adolescentes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou recentemente que aprovou o uso da vacina contra mpox da farmacêutica Bavarian Nordic em adolescentes de 12 a 17 anos. A aprovação, conhecida como pré-qualificação, foi concedida em 8 de outubro. Ela tem como objetivo facilitar o acesso às vacinas em situações de emergência.
A decisão da OMS foi tomada depois que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) aprovou, em setembro, o uso do imunizante em adolescentes.
Uma aprovação igual a esta foi dada pela OMS em setembro para o uso do imunizante em adultos. A vacina da Bavarian Nordic é distribuída com o nome de Jynneos.
Crianças, adolescentes e pessoas imunocomprometidas são mais vulneráveis à infecção do vírus mpox. A doença causa sintomas semelhantes aos de uma gripe — febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados — além de lesões na pele bem características, que podem ter pus.
OMS aprova 1º teste
A OMS também confirmou em 4 de outubro a aprovação para uso emergencial do primeiro teste para diagnosticar a mpox.
A aprovação, segundo nota divulgada pela OMS, “será fundamental para expandir a capacidade de diagnóstico em países que enfrentam surtos de mpox, onde a necessidade de testagem rápida e precisa aumentou acentuadamente”.
A entidade afirma que, se mais pessoas forem testadas, mais rapidamente as medidas para conter a disseminação do vírus poderão ser aplicadas.
A OMS declarou a mpox uma emergência global de saúde pública pela segunda vez em dois anos em agosto deste ano. A doença voltou a preocupar autoridades de todo o mundo depois de um aumento rápido de casos relacionados a uma nova variante do vírus na República Democrática do Congo e em países vizinhos.
Em 23 de agosto, o governo estadual emitiu um alerta epidemiológico, orientando e recomendando a intensificação das ações de vigilância e assistência nos diagnósticos.
Prevenção e sintomas
Segundo a Secretaria da Saúde, a transmissão de mpox entre seres humanos ocorre, principalmente, por meio de contato íntimo com lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas.
Os principais sintomas da doença são: febre, fraqueza, linfonodos inchados, dores musculares, dores musculares, dores nas costas, dor de cabeça, dor de garganta, congestão nasal ou tosse.
As medidas de prevenção contra a mpox recomendadas pela pasta são:
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém que tenha a doença;
- Higienizar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais.