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Chuvas: SP busca desaparecidos, chora mortos e tenta reconstrução após tragédia

Continuam as buscas por 49 pessoas desaparecidas, após tragédia causada pelas chuvas no litoral de SP

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Imagem colorida mostra bombeiros atuando em buscas após fortes chuvas no Litoral Norte de SP - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra bombeiros atuando em buscas após fortes chuvas no Litoral Norte de SP - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Dias após as fortes chuvas que atingiram o litoral norte paulista, as buscas por 49 pessoas desaparecidas continuam, e já há 46 mortes confirmadas até a noite de terça-feira (21/2). Famílias se despedem das vítimas que foram encontradas e, com a liberação de parte das estradas, turistas que têm condições retornam para as suas casas. No entanto, ainda não há previsão do tempo e dos valores necessários para a recuperação dos estragos estruturais (em prédios e rodovias, por exemplo).

Os corpos de dois homens, duas mulheres e três crianças foram identificados e liberados para sepultamento, segundo o Governo de São Paulo. A Prefeitura de São Sebastião, cidade onde a tragédia foi maior, divulgou a lista com o nome das 12 primeiras vítimas e organizou um velório coletivo para amigos e familiares se despedirem. Outras 9 vítimas das enchentes e desmoronamentos foram identificadas por familiares.

Entre as vítimas confirmadas, estão os primos que foram arrastados pela lama: Dandara Vida, de 10 anos, e Eduardo Leonel Chrestan, de 11 anos. As crianças eram vizinhas em Santo André, no ABC paulista, e viviam como irmãos. “Nasceram juntos, estudaram juntos e, infelizmente, morreram juntos”, diz Julia Alyssa Vicente, 18, prima das crianças.

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Chuvas causaram estragos em SP
Fortes temporais deixaram rastro de destruição no litoral norte de SP
Estragos provocados pelas chuvas em SP
Estragos provocados pelas chuvas em SP
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Camareira Kerulyn Pugleise, seu companheiro, Luan Pedro Araújo de Freitas, e a filha, Paloma, de 2 anos, estavam em uma das quatro casas que foram destruídas

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Chuvas causaram estragos em SP

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Fortes temporais deixaram rastro de destruição no litoral norte de SP

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Estragos provocados pelas chuvas em SP

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Estragos provocados pelas chuvas em SP

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Estragos provocados pelas chuvas em SP

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Estragos provocados pelas chuvas em SP

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Chuvas no litoral de SP deixaram mortos e desaparecidos

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Marina, dona de uma padaria que perdeu seu funcionário na tragédia

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Degrau vazio em frente a uma chapa de padaria onde trabalhava uma das vítimas

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Resgate e desabrigados

Para tentar localizar sobreviventes, equipes municipais, estaduais e federais realizam ações de resgate e salvamento desde a madrugada de domingo (19/2). Ao todo, a força-tarefa envolve mais de 600 homens e mulheres. A prefeitura paulistana enviou equipes com cães farejadores e drones da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para ajudar na busca por desaparecidos.

São 1.730 pessoas desalojadas e 766 desabrigadas no litoral paulista. As cidades mais afeitadas foram São Sebastião, onde ocorreram a maioria das mortes; Ubatuba, que registrou a morte de uma menina de 9 anos; além de Caraguatatuba, Ilha Bela, Bertioga e Guarujá. Todas decretaram estado de calamidade pública.

A Defesa Civil de São Paulo fez um novo alerta para temporal no litoral norte paulista. Até sexta-feira (24/2), ainda há previsão de chuvas intensas e contínuas, com descargas elétricas, fortes rajadas de vento e granizo. O volume de chuva esperado para a região é de 200 milímetros. O temporal que atingiu a área no fim de semana teve valor recorde, alcançando 682 milímetros.

Estradas

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Reconstrução da rodovia Mogi-Bertioga, na altura de São Sebastião, litoral norte de SP, após chuvas no estado
Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo
Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo
Cenas do estrago das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo
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Cenas do estrago das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo

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Reconstrução da rodovia Mogi-Bertioga, na altura de São Sebastião, litoral norte de SP, após chuvas no estado

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Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo

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Cenas do estrago das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo

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Cenas de lama e destruição em São Sebastião no litoral de São Paulo

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Pistas em São Sebastião, local mais atingido pelas chuvas

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Estado em estrada na entrada de São Sebastião, em São Paulo

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Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo

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Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo

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Enquanto segue em atenção especial e ações emergenciais de resgates e buscas por desaparecidos, o governo do estado também já volta atenção para os estragos estruturais dos temporais devastadores. Ainda não há estimativa do tempo nem dos valores necessários para recuperar a infraestrutura da região.

Em relação às rodovias, a Rio-Santos (SP-055) teve o tráfego liberado parcialmente pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) em diversos pontos que estavam totalmente obstruídos, entre São Sebastião e Ubatuba.

Já a Mogi-Bertioga (SP-98) segue interditada por cauda do rompimento de tubulação, na altura do km 82, em Biritiba Mirim, na Região Metropolitana de São Paulo. Há ainda interdição parcial nos km 90 e 91, devido à queda de barreiras, e no km 87, por causa de erosão.

A reconstrução da rodovia Mogi-Bertioga (SP-098) deve levar seis meses para ser concluída, de acordo com Natália Resende, secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Já a desinterdição parcial pode ocorrer em dois meses.

O orçamento do governo federal para a prevenção e a recuperação de desastres para este ano, porém, é apenas R$ 1,2 bilhão – o menor dos últimos 14 anos, segundo levantamento feito pela Associação Contas Abertas, ao qual o Metrópoles teve acesso.

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