Chuva dá trégua e SP tem blocos lotados antes de tempestade esvaziar festa
Dia de sol permitiu que blocos ficassem lotados e paulistano aproveitasse o pré-Carnaval, mas chuva forte esvaziou a festa no fim da tarde
atualizado
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São Paulo – A designer de sobrancelhas Juliana Cunha, de 37 anos, acordou neste domingo (12/2) com uma intimação feita pela amiga de infância e vizinha Juliana Vieira, de 38: “Coloque a fantasia porque hoje vamos para os blocos”.
Não que a ordem fosse necessária. As duas amigas estavam empolgadas para dançar no Acadêmicos do Baixo Augusta, bloco que arrastou uma multidão para a Rua da Consolação, no coração da capital paulista, e que tem como Alessandra Negrini, a maior musa do Carnaval de rua da cidade.
Confira aqui a programação do Carnaval de São Paulo.
“Gosto muito desse clima de festa, de folia, de liberdade. As pessoas fantasiadas no metrô, todo mundo junto. É muito bom”, conta Vieira, que já havia pulado carnaval no centro mas que nunca havia ido ao Baixo Augusta. “Neste ano, com a proposta política que eles trouxeram, de celebrar a democracia, não dava para não vir”, completa Cunha. As amigas vieram de Ermelino Matarazzo, na zona leste.
São Paulo teve uma manhã e um começo de tarde de muito sol e calor, e quem saiu de casa para aproveitar os blocos teve finalmente um domingo de Carnaval – em contraste com os blocos de pré-Carnaval deste sábado, que precisaram contar com uma disposição extra dos foliões para não deixar a peteca cair em meio à chuva que caiu o dia todo.
Alessandra Negrini não decepcionou. No começo da tarde, ela já havia postado uma foto seminua em seu Instagram com pedidos de “good vibes” na legenda e na rua, com uma fantasia vermelha, foi a principal atração do bloco. No sábado, ela havia prometido ao Metrópoles que o carnaval deste ano seria “catártico”.
Chuva forte comprometeu a festa
Porém São Pedro, para aqueles que acreditam, insistiu em dar as caras bem no auge da festa. A Consolação passou de lotada para vazia em questão de instantes quando uma forte tempestade atingiu a cidade, por volta das 16h30, no auge da festa.
A multidão passou a disputar marquises de prédios e árvores para se proteger da chuva, às vezes sem sucesso.
Festa para todos
Mais cedo, em Pinheiros, na zona oeste, a Confraria do Pasmado foi uma boa opção de folia para quem quis aproveitar o Carnaval mas preferiu evitar as grandes multidões.
A consultora Telma Pelegrin, de 46 anos, foi para Pinheiros atrás também do clima de liberdade e de “tudo permitido” do pré-Carnaval. Juntou os amigos e saiu de Diadema, no ABC Paulista, para o bairro da zona oeste fantasiada com uma roupa prateada. Ela diz que tentará aproveitar os blocos também da semana que vem – se o tempo deixar.
Em Pinheiros, um grupo de amigos que se formou na faculdade, em São Carlos (a 232 km de SP), se reúne todos os anos no Carnaval. “Todos os anos é por aqui. Ontem, fomos no bloco Ritaleena (que homenageia a paulistana Rita Lee). Mas no Carnaval, na semana que vem, vamos para Olinda”, conta o engenheiro civil Rafael Alpire, de 30 anos.