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“Churrascada”: desembargador alvo da PF livrou investigado da cadeia

Afastado do cargo no âmbito da Operação Churrascada, desembargador Ivo de Almeida deu decisão favorável a outro investigado pela PF

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1 de 1 Desembargador Ivo de Almeida, alvo de operação da PF - Metrópoles - Foto: Divulgação/TJSP

São Paulo — Afastado no âmbito da Operação Churrascada, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nessa quinta-feira (20/6) contra um suposto esquema de venda de decisões judiciais, o desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), concedeu um habeas corpus que livrou da cadeia um outro investigado no mesmo caso, segundo dados da Justiça paulista.

A decisão levantada pelo Metrópoles não foi proferida em plantão judicial, chamado de “Dia do Churrasco” pelos suspeitos, quando as supostas sentenças eram deferidas, e foi confirmada por desembargadores do TJSP posteriormente. Não é possível saber se esse episódio é um dos casos investigados porque o inquérito tramita em segredo de Justiça.

O caso é de 2022. O advogado Luiz Pires Moraes Neto, um dos alvos da Operação Churrascada, defendia Sergio Armando Audi e Adormevil Santana, que também estão na mira da PF, em uma ação penal por estelionato.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a dupla comprou uma filmadora e um drone pelos valores de R$ 14 mil e de R$ 5 mil, respectivamente, em sites de venda, e teria enganado os vendedores enviando fotos de falsas transferências bancárias para comprovar o pagamento.

No dia 6 de maio de 2022, uma sexta-feira de manhã — fora do plantão judicial —, Ivo de Almeida (foto em destaque) aceitou o habeas corpus solicitado pela defesa de Sergio Audi e substituiu a prisão em regime fechado para domiciliar, expedindo um alvará de soltura.

Essa decisão foi confirmada em julgamento colegiado pelos desembargadores da 1ª Câmara de Direito Criminal do TJSP, presidida por Ivo de Almeida. Especificamente no habeas corpus, Sergio Audi era defendido por outro advogado que não aparece na investigação.

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Nessa quinta, a PF cumpriu 17 mandados de busca e apreensão na capital e no interior do estado, autorizados pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator do caso. O ministro também determinou o afastamento, por um ano, do desembargador Ivo de Almeida.

Outros alvos da Operação Churrascada foram investigados nos últimos anos por crimes mais graves e de maior impacto. Um deles era operador de um esquema milionário de desvios em hospitais públicos e chegou a movimentar mais de R$ 18 milhões em espécie.

Outro suspeito tem prisões e condenações por tráfico de drogas, o que inclui até mesmo coordenar uma rota de aviadores que transportavam cocaína por aeroportos clandestinos.

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