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“Choca”: Tarcísio repudia conduta de PM que agrediu mulher no metrô

Governador Tarcísio de Freitas diz que “não vai tolerar” esse tipo de comportamento; PM que agrediu mulher na Estação da Luz já foi afastado

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Célio Messias/Governo do Estado de SP
Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas, homem branco e grisalho, de camisa azul, falando ao microfone - metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas, homem branco e grisalho, de camisa azul, falando ao microfone - metrópoles - Foto: Célio Messias/Governo do Estado de SP

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) repudiou nesta segunda-feira (8/4) a conduta do policial militar que agrediu uma jovem na Estação da Luz do Metrô, no centro de São Paulo.

Segundo ele, a filmagem que flagrou um tapa na cara da mulher choca.

“A imagem choca. A gente repudia esse tipo de agressão, pede desculpas à sociedade, nós não vamos tolerar esse tipo de comportamento. Nós estaremos aqui sempre do lado da polícia, quando a polícia estiver combatendo o crime, tiver combatendo o bandido, nós vamos dar todo o respaldo. Agora agressão, desvio de conduta, falta de urbanidade no trato com as pessoas nós não vamos tolerar. Esse militar vai ser afastado das ruas, vai ser severamente punido e todo mundo que descambar para o lado da indisciplina, da conduta errada, daquela conduta que prejudica a instituição será severamente punido”.

A jovem que levou um tapa na cara de um policial militar (PM) relatou, em publicação na rede social, que também foi vítima de xingamentos e de chutes. Com suspeita de homofobia, o caso está sob investigação e o PM foi afastado.

Segundo a vítima, ela estava conversando com a esposa, pelo celular, e não tinha visto o PM antes de ser agredida. “Ele me puxou pela camiseta, começou a me xingar e a me dar chutes”, afirmou. A esposa dela teria ouvido o barulho da ocorrência pela ligação.

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PM é filmado agredindo uma jovem na estação Luz do Metrô
PM dá um tapa em jovem caída no chão da Estação Luz, da Linha 1-Azul do Metrô, em São Paulo
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PM é filmado agredindo uma jovem na estação Luz do Metrô

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PM dá um tapa em jovem caída no chão da Estação Luz, da Linha 1-Azul do Metrô, em São Paulo

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A postagem foi feita para rebater uma versão, que circulava nas redes sociais, de que a jovem supostamente estaria bêbada e teria xingado o policial. “Olha, é cada uma, viu? Mas a Justiça será feita”, publicou.

Em outro post, a vítima volta a negar que tenha cometido qualquer agressão contra o PM. “Sou uma trabalhadora e jamais agrediria alguém que poderia estar na sua função de proteger pessoas do bem”, disse. “Sabe o que é pior? A dor psicológica que vai ficar.”

Agressão

A jovem também compartilhou o relato de um amigo, que diz ter presenciado a ocorrência. Segundo ele, o PM teria chutado a vítima “diversas vezes”, dado “outros tapas na cara dela” e a chamado de “vagabunda” e “sapatão”.

“Tudo começou por ela estar sentada no chão do metrô”, disse. “Sem falar dos xingamentos que ele falou para ela: ‘Você não quer ser homem? Então tem que apanhar igual homem’”.

A agressão do PM foi flagrada por outro passageiro (veja acima) e as imagens viralizaram neste fim de semana. Segundo a advogada Ana Marques, que representa a vítima, a jovem ainda estaria com as marcas das agressões e vai realizar exame de corpo de delito nesta segunda-feira (8/4).

“A vítima está muito abalada, muito chateada, muito sensível e em pânico com o que aconteceu”, afirmou. “Ela nunca tinha vivido isso. A gente não pode aceitar tal conduta do policial até porque a gente tem o policial como educador, uma pessoa de respeito”.

PM foi afastado

O afastamento do PM foi confirmado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). “A Polícia Militar instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias dos fatos”, informou a pasta.

A violência aconteceu no trecho da Linha 1-Azul. Nas imagens, é possível ver a vítima usando bermuda com as cores do movimento LGBTQIA+. Com a repercussão do caso, muitas pessoas associaram a agressão como um ataque homofóbico.

No vídeo, a jovem agredida chega a olhar para a pessoa que está fazendo a gravação e relatar o ataque sofrido. “Acabei de ser agredida aqui, ó. Acabei de ser agredida por aquele policial sem necessidade nenhuma”, diz.

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