Da China a São Paulo: saiba como virá trem de 80 toneladas da Linha 17
Trem de 80 toneladas e 60 metros da Linha 17-Ouro está em porto na região de Xangai, na China, e deverá chegar a SP até julho
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — Um trem de 80 toneladas e 60 metros de comprimento aguarda em um porto na região de Xangai, na China, o embarque no navio que cruzará oceanos até trazê-lo a São Paulo. A megaoperação para colocá-lo nos trilhos do pátio da zona sul paulistana deve seguir até em julho. A composição circulará pela Linha 17-Ouro, do Aeroporto de Congonhas até a Estação Morumbi.
A linha de monotrilho que ligaria a Linha 9-Esmeralda ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul, deveria ter ficado pronta para a Copa 2014. A previsão atual é de que comece a funcionar em 2026.
Primeiro dos 14 que entrarão em operação em São Paulo, o trem foi entregue em 26 de abril, em Guang’an, na China. Depois, seguiu para a cidade de Zhangjiagang. Segundo o governo estadual, os cinco vagões do monotrilho (cada um pesa 16 toneladas) deverão içados para serem colocados dentro do navio.
Antes do embarque, eles foram embalados individualmente e passaram por análise de carga, com cálculos relacionados às dimensões e centro de gravidade, além do peso. Esse tipo de procedimento ajuda a determinar até mesmo a posição em que cada vagão ficará dentro do navio. Só para “amarrar” a composição com cintas, correntes e estacas são necessários 20 funcionários.
Como em uma encomenda despachada nos Correios, o Metrô de São Paulo receberá um código de rastreamento para acompanhar o deslocamento do trem até o Porto de Santos, a última parada da viagem marítima, que passará também por Suape, em Pernambuco, e Vitória, no Espírito Santo.
O navio que trará o monotrilho se chama Kong Que Song, tem 180 metros de comprimento e 27 metros de largura, sendo tripulado por 26 pessoas.
Depois de chegar a Santos e passar pelos processos de burocráticos de importação, o trem deverá subir a Serra do Mar até a capital paulista. Serão necessárias cinco carretas, uma para cada vagão, que vão viajar em comboio até o pátio da Água Espraiada.
Segundo o governo estadual, os vagões deverão passar em São Paulo pelo processo de montagem e testes obrigatórios até a emissão dos certificados de segurança. De acordo com a gestão, os testes na via devem começar no ano que vem.