Chefe do MPSP afasta promotor acusado de assédio contra assistente
Procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo determinou o afastamento por 60 dias de promotor a pedido da Corregedoria-Geral do MPSP
atualizado
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São Paulo – O procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo (foto em destaque), determinou o afastamento funcional do promotor Moacir Tonani Júnior, do 5º Tribunal do Júri da capital, pelo prazo de 60 dias, segundo decisão do Ministério Público de São Paulo (MPSP) publicada no Diário Oficial do Estado na semana passada.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, Tonani Júnior havia sido acusado de assédio por uma assistente jurídica e era alvo de um procedimento na Corregedoria-Geral do MPSP. Embora a determinação publicada por Sarrubbo informe que o afastamento é uma solicitação do órgão de controle, o motivo do pedido não foi confirmado.
O Metrópoles tenta contato com o promotor afastado, mas ele ainda não foi localizado. O espaço segue aberto a manifestações.
Casos de assédio
No ano passado, o MPSP foi alvo de uma série de acusações de assédio, morais e sexuais. Em uma reportagem especial do Metrópoles, 12 servidores relataram casos de abusos praticados por promotores e procuradores de Justiça.
As acusações tiveram como ponto de partida o suicídio de três funcionários – dois deles, durante horário de trabalho. O procurador-geral informou, por meio da assessoria de imprensa, que todas as denúncias relatadas ao órgão são apuradas.
Em janeiro deste ano, Sarrubbo foi indicado pelo novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública e deve assumir o novo cargo nos próximos dias. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) indicará o nome que irá substituí-lo após a eleição para comando do MPSP, em abril.