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Celular apreendido após ataque a PMs revela rotina de soldado do PCC

Aparelho foi encontrado ao lado de carro abandonado em fuga por criminosos que tentaram matar policiais militares em Santos, litoral de SP

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Foto colorida de criminoso de boné preto, camiseta branda e pistola empunhada com a mão direita - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de criminoso de boné preto, camiseta branda e pistola empunhada com a mão direita - Metrópoles - Foto: Arte sobre Reprodução/Polícia Civil

São Paulo — Um celular encontrado ao lado do carro usado em um atentado contra dois policiais militares, no ano passado, próximo ao Morro São Bento, em Santos, revela a rotina criminosa de um soldado do Primeiro Comando da Capital (PCC) no litoral paulista.

A perícia feita no aparelho, a pedido da Delegacia de Homicídios de Santos, descobriu que, além do ataque aos dois PMs, Ronaldi Lins dos Santos, de 22 anos, dono do aparelho, está envolvido em roubos, tráfico de drogas e tiroteios como membro da maior facção criminosa do país.

Isso só foi possível porque Ronaldi registrou em áudios de WhatsApp trocados com outros criminosos e vídeos gravados no celular os bastidores do crime na Baixada Santista.

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Criminoso chegou a pedir autorização para jogar granadas em delegacia
Criminoso ostenta dinheiro obtido com o crime
Ronaldi posa em fotos com vários tipos de arma
Polícia encontrou registros de contabilidade do tráfico de drogas
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Bandidos registram bastidores de assaltos

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Criminoso chegou a pedir autorização para jogar granadas em delegacia

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Criminoso ostenta dinheiro obtido com o crime

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Ronaldi posa em fotos com vários tipos de arma

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Polícia encontrou registros de contabilidade do tráfico de drogas

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Armas de guerra são usadas no meio da cidade

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Ronaldi Lins dos Santos, de 22 anos, do PCC

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Ronaldi Lins dos Santos, de 22 anos, do PCC

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Ronaldi Lins dos Santos, de 22 anos, do PCC

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Ronaldi Lins dos Santos, de 22 anos, do PCC

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Roubo com fuzil

Os arquivos mostram que, em 9 de maio do ano passado, no mesmo bairro do atentado contra os PMs, Ronaldi e outros criminosos roubaram o Fiat Palio de uma mulher, na Rua Teixeira de Freitas.

O veículo foi usado para eles se deslocarem, cerca de 150 metros, até um posto de combustíveis, no qual roubaram outro carro, um Volkswagen Polo. Para isso, usaram fuzis e capuzes, como é ressaltado por Ronaldi em áudios trocados com amigos do mundo do crime.

Após os dois roubos, Ronaldi seguiu para o Morro São Bento, onde afirma nos áudios ter trocado tiros com policiais que patrulhavam a região.

“Os caras [PMs] foram lá, apareceu correndo [sic] … dei uma pá de tiro, filhote. Acabei de meter bala nos caras [PM], ‘fi’. Agora, na Força [Tática], ‘fi. É bala na polícia aqui, pai, aqui é daquele jeitão.”

Vários vídeos (assista abaixo) também reforçam o envolvimento de Ronaldi com o crime organizado em Santos, cidade onde ele reside desde que nasceu.

 

Granadas em delegacia

Três dias depois de roubar os dois veículos, Ronaldi participou do assalto de outro carro, um Chevrolet Equinox. Ele compartilhou com amigos do mundo do crime fotos do celular da vítima, também levado por ele.

No último dia de maio do ano passado, o soldado do PCC encaminhou uma mensagem de voz, na qual afirma pretender jogar granadas em uma delegacia do litoral. Isso seria uma suposta represália à prisão de um comparsa, segundo inquérito da Polícia Civil, obtido pelo Metrópoles.

No áudio (ouça abaixo), ele ressalta, inclusive, ter sido autorizado a realizar o ataque pelos “irmãos” do PCC.

 

No celular apreendido, a polícia localizou provas sobre a contabilidade realizada pelo tráfico de drogas, além de muitas fotos de Ronaldi ostentando armamento pesado, juntamente com outros bandidos, já identificados.

Há um vídeo no qual o criminoso aparece com uma pistola com o brasão da Polícia Civil de São Paulo, sugerindo que a arma foi roubada das forças de segurança estaduais. “Olha a [pistola] Glock da polícia”, ressalta Ronaldi.

Ataque a PMs

Ronaldi é um dos criminosos presos pelo ataque a tiros de fuzil feito contra os policiais militares Najara Fátima Gomes e José Augusto Rodrigues, em 1º de agosto do ano passado, no bairro Campo Grande. Os dois PMs se salvaram.

A ordem para a execução dos policiais partiu de Rogério do Nascimento Nunes, de 37 anos, conhecido como Assombrado. Ele é apontado como o chefão do tráfico de drogas em Santos e seguia foragido até a publicação desta reportagem.

As digitais dele, inclusive, foram encontradas no mesmo carro ao lado do qual a polícia apreendeu o celular de Ronaldi.

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