Caso Richthofen: MPSP pede exame criminológico para Cristian Cravinhos
Condenado pelo assassinato do casal Richthofen, em 2002, Cristian Cravinhos tenta progressão para regime aberto, o que o tiraria da cadeia
atualizado
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu à Justiça, nesta quinta-feira (16/5), que Cristian Cravinhos, 48, condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato do casal von Richthofen, seja submetido a exame criminológico antes de voltar para o regime aberto.
Conforme revelou o Metrópoles, Cristian Cravinhos entrou com pedido para progredir de regime e deixar a cadeia no interior de São Paulo. Em resposta à solicitação, o Alexandre Mourao Mafetano, do MPSP, argumentou que “apenas o exame criminológico se mostraria com autoridade suficiente para pontuar se o preso pode, ou não, experimentar o requerido regime prisional mais brando”.
Cristian é o irmão mais velho de Daniel Cravinhos, o namorado de Suzane von Richthofen na época do crime, que foi cometido em 2002. Também condenados, Suzane e Daniel já conseguiram o benefício e estão fora das grades.
“O executado, como já referido, praticou grave conduta, sofreu pena elevada e descontou proporcionalmente pouco tempo do total da sanção – aproximadamente 55%”, registrou o promotor.
Regime aberto
Cristian cumpre pena no semiaberto da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, no interior de São Paulo, mais conhecida como a “Cadeia dos Famosos”. Ele chegou a deixar a prisão em 2017, mas acabou detido em uma confusão em que tentou subornar um policial no ano seguinte.
No novo pedido de progressão, a advogada Maieli Luana Rodrigues alega que o assassino do casal Richthofen tem comportamento classificado como “bom”, trabalha na cadeia, sempre voltou das “saidinhas temporárias” e já cumpriu mais de 50% da sua pena.
“O reeducando já cumpriu o tempo suficiente de sua reprimenda em regime semiaberto, o qual, com grande perspicácia lhe serviu como instrumento de reparação de seu caráter, de sua moral, corrigindo sua personalidade e, consequentemente, afastando o desejo de delinquir, e a progressão ao regime mais brando é que se impõe”, afirmou.
Para, de fato, ter direito ao benefício, o pedido deve ter o aval da Justiça paulista.
Suborno
Em 2018, quando Cristian estava fora das grades, policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de desentendimento entre ele e a sua mulher em Sorocaba, no interior paulista.
Ele a teria agredido, mas a vítima não registrou a ocorrência. Por estar descumprindo as regras do regime aberto, pois estava fora da cidade de seu domicílio e em um bar, Cristian tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 1 mil em espécie.
Autuado em flagrante, ele seria condenado a mais 4 anos e 8 meses de prisão e voltou para o regime fechado.
Desde então, ele já pediu a remição de 250 dias da sua pena por trabalhar em Tremembé. Nesse período, ele atuou na horta, capinagem, jardinagem, apoio de manutenção, faxina interna e arremate de roupas.