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Caso Rebecca: defesa de vizinho alega inocência e acusa madrasta

Com novas provas, a defesa de Antonio Gomes de Souza Sobrinho acusa madrasta de matar Rebecca; vizinho foi condenado pelo homicídio

atualizado

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Reprodução/Arquivo pessoal
Caso Rebecca: menina de 6 anos foi morta por asfixia em 2019
1 de 1 Caso Rebecca: menina de 6 anos foi morta por asfixia em 2019 - Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

São Paulo – Com a reviravolta no caso Rebecca, o vizinho Antonio Gomes de Souza Sobrinho, 57, que cumpre pena por matar a menina de 6 anos, vai tentar anular a sua condenação na Justiça de São Paulo. Ele está preso desde 2019 e alega inocência.

Para a defesa do condenado, as novas provas do caso reforçam a versão de Antonio e incriminam Juliana dos Santos Silva, 34, a madrasta de Rebecca. Antes considerada sobrevivente do ataque, ela vai a júri popular nesta quinta-feira (29/6), acusada de tentar assassinar o pai da menina envenenado.

“A nossa tese sempre foi que Juliana matou Rebecca sozinha”, diz a advogada Lilian Gasques. “Antonio é inocente e está preso há quatro anos por um crime que não cometeu.”

Rebecca de Lucena Andrade foi encontrada morta na própria casa, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, na madrugada de 27 de outubro de 2019. Por volta das 3h30, o pai Fabrício Marçal de Andrade, 41, achou a filha e a mulher desacordadas ao chegar do trabalho. Ao tentar reanimá-las, só Juliana acordou.

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Menina Rebecca passava os finais de semana na casa do pai e da madrasta
Na versão inicial, madrasta Juliana e menina Rebecca foram atacadas por vizinho
Após reviravolta no caso, a madrasta Juliana dos Santos Silva, 34, foi presa preventivamente
Pai da menina foi vítima de tentativa de homicídio e teve os olhos colados com superbonder
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Rebecca de Lucena Andrade, 6 anos, foi morta por asfixia em São Caetano do Sul (SP) em 2019

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Menina Rebecca passava os finais de semana na casa do pai e da madrasta

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Na versão inicial, madrasta Juliana e menina Rebecca foram atacadas por vizinho

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Após reviravolta no caso, a madrasta Juliana dos Santos Silva, 34, foi presa preventivamente

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Pai da menina foi vítima de tentativa de homicídio e teve os olhos colados com superbonder

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Julgamento

Suposto desafeto de Fabrício, Antonio foi preso em flagrante pouco depois. Com o vizinho, policiais encontraram a chave da casa de Rebecca e objetos do pai da menina.

Na época, a principal hipótese é que o vizinho havia invadido a casa para estuprar a criança e a madrasta, mas exames periciais não encontraram vestígios de violência sexual.

Levado a júri popular, em 2020, ele foi condenado a 17 anos de prisão por furto e pelo homicídio de Rebecca. O julgamento aconteceu ainda antes de as suspeitas recaírem sobre Juliana.

Conforme revelou o Metrópoles, uma nova tentativa de homicídio em 2021, desta vez contra Fabrício, fez a Polícia Civil reabrir o inquérito do caso Rebecca e pôs Juliana no centro das suspeitas.

Reviravolta

Segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Juliana teria envenenado o jantar de Fabrício após o marido começar a questioná-la sobre as circunstâncias da morte de Rebecca.

“Em virtude dos questionamentos e possível suspeita de Fabrício (…), a acusada preparou o jantar, colocando no frango substância ‘aldicarb’ (chumbinho) e no refrigerante a substância ‘clonazepan’”, diz a acusação.

Mesmo sob efeitos da intoxicação e do sedativo, Fabrício conseguiu acionar o Samu, mas afirma não se recordar do que aconteceu no intervalo em que foi socorrido. Quando acordou, ele estava com os olhos colados com superbonder.

Uma nova testemunha também afirmou à Justiça que Juliana e Antonio seriam amantes – o que o vizinho nega. Em depoimento, ela diz ter encontrado o suposto casal “duas ou três vezes em um bar para tomar cervejas” e que os dois se apresentavam como namorados.

Por se tratar de casos relacionados, a defesa de Antonio vai acompanhar de perto o Tribunal do Júri de Juliana.

Com as revelações, um novo inquérito também foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Caetano para apurar o suposto envolvimento de Juliana no homicídio de Rebecca.

O Metrópoles procurou a defesa de Juliana, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

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