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Caso Porsche: MPSP denuncia empresário por homicídio e lesão corporal

Segundo promotora, Fernando Filho bebeu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir e assumiu o risco de provocar o acidente com morte

atualizado

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Foto colorida de Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, nesta segunda-feira (29/4), o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, pelos crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. No dia 31 de março, Fernando Filho dirigia um Porsche em alta velocidade quando provocou um acidente que deixou um morto na zona leste da cidade.

Para a promotora Monique Ratton, o empresário agiu com dolo eventual. Ela também se manifestou de forma favorável à decretação de prisão preventiva do motorista do Porsche para evitar que ele influencie testemunhas do caso.

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente
Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024
Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido
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Motorista do Porsche esteve na unidade policial para prestar depoimento

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente

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Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024

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Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido

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Dianteira de carro de luxo ficou completamente destruída

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Asfalto ficou com marcas de pneus após acidente, ocorrido em alta velocidade

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Carro da vítima teve a traseira destruída

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Motorista do Renault Sandero morreu durante atendimento hospitalar

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De acordo com o MPSP, o empresário ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir seu veículo. A namorada dele e um casal de amigos tentaram demovê-lo da intenção de dirigir, mas Fernando Filho, ainda assim, optou por assumir o risco.

Na avenida, trafegou a mais de 150 km/h, atingindo um automóvel dirigido por um motorista de aplicativo, que morreu.  A vítima que ia no banco de passageiros do carro de luxo teve ferimentos gravíssimos, ficando na UTI por dez dias, com perda de órgão”, informa comunicado do MPSP sobre a denúncia.

A promotora lembrou, na denúncia, que o empresário só se apresentou à polícia mais de 36 horas após o acidente, depois de ter sido liberado pelos policiais militares que atenderam a ocorrência.

Sobre a liberação de Fernando Filho, o MPSP pediu à Justiça o compartilhamento de provas que indiquem possível falha na conduta dos PMs. O objetivo, segundo a promotora, é que respondam por eventual crime por “terem cedido ao pedido da genitora do denunciado de levá-lo ao hospital, quando deveriam tê-lo escoltado até o local”.

A pena de homicídio culposo qualificado varia de 12 a 30 anos de reclusão. Já o crime de lesão corporal gravíssima pode elevar a pena total em um sexto.

Como foi o acidente

Fernando Filho dirigia o Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, em altíssima velocidade quando bateu na traseira do Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ornaldo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Além do motorista de aplicativo que morreu, o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava de carona no Porsche, sofreu ferimentos graves e precisou passar por cirurgia. À polícia, ele disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do dono do Porsche.

O empresário admitiu que dirigia “um pouco acima” da velocidade permitida, que é de até 50 km/h, e negou ter ingerido bebida alcoólica – versão que é contestada por vídeos e relatos de testemunhas colhidos pelos investigadores.

A Justiça negou dois pedidos de prisão contra o empresário, mas impôs fiança de R$ 500 mil e suspendeu sua CNH. Ele e a mãe também tiveram que entregar seus celulares à polícia. A quebra do sigilo de dados foi autorizada. Um novo pedido de prisão foi feito na semana passada, após a conclusão do inquérito, mas ainda não foi analisado pela Justiça.

Na ocasião do acidente, a defesa de Fernando Filho afirmou que entrou em contato com a família da vítima para prestar solidariedade e toda a “assistência necessária”. “Obviamente, a perda não será reparada, mas minimamente prestaremos amparo necessário neste momento de tal fatalidade”, diz nota dos advogados.

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