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Caso Porsche: após 22 dias, PM entrega imagens de câmeras corporais

Acidente com carro de luxo deixou um morto no dia 31 de março; na ocasião, motorista do Porsche deixou local após ser liberado por PMs

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Imagem colorida mostra o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, saindo da delegacia pela porta da frente - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, saindo da delegacia pela porta da frente - Metrópoles - Foto: Felipe Resk/Metrópoles

São Paulo — A Polícia Militar entregou à Polícia Civil, nessa segunda-feira (22/4), as imagens captadas pelas câmeras corporais dos PMs que atenderam o acidente de trânsito com morte envolvendo um Porsche, na zona leste de São Paulo, no dia 31 de março. O motorista que provocou o acidente, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, deixou o local com a mãe e só se apresentou na delegacia mais de 36 horas depois.

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente
Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024
Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido
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Motorista do Porsche esteve na unidade policial para prestar depoimento

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente

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Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024

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Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido

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Dianteira de carro de luxo ficou completamente destruída

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Asfalto ficou com marcas de pneus após acidente, ocorrido em alta velocidade

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Carro da vítima teve a traseira destruída

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Motorista do Renault Sandero morreu durante atendimento hospitalar

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A entrega acontece dias depois de a Polícia Civil ter ido à Justiça solicitar formalmente as imagens. Ainda assim, o Metrópoles apurou que a PM se antecipou à decisão judicial e entregou os vídeos por via administrativa.

Na semana passada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as imagens seriam compartilhadas, “como de costume”, para análise. A pasta não esclareceu, contudo, a razão da demora na liberação dos vídeos — foram 22 dias entre o acidente e a disponibilização do material.

As imagens devem ajudar a equipe de investigação a entender as circunstâncias em que Fernando Filho deixou o local do acidente. Os policiais deixaram de fazer o teste de bafômetro no empresário e não o autuaram em flagrante. Mesmo com uma morte registrada, os agentes só apresentaram a ocorrência na delegacia cerca de 5 horas após o acidente.

A mãe do empresário, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, de 45 anos, disse que ia levá-lo ao hospital — o que não aconteceu. A conduta dos PMs que liberaram a saída de Fernando é investigada pela corporação. A Polícia Civil também investiga a situação, a pedido da Justiça.

Como foi o acidente

Segundo testemunhas, Fernando Filho dirigia o Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, em altíssima velocidade quando bateu na traseira do Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ornaldo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Além do motorista de aplicativo que morreu, o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava de carona no Porsche, sofreu ferimentos graves e precisou passar por cirurgia. À polícia, ele disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do dono do Porsche.

O empresário admitiu que dirigia “um pouco acima” da velocidade permitida, que é de até 50 km/h, e negou ter ingerido bebida alcoólica – versão que é contestada por vídeos e relatos de testemunhas colhidos pelos investigadores.

A Justiça negou dois pedidos de prisão contra o empresário, mas impôs fiança de R$ 500 mil e suspendeu sua CNH. Ele e a mãe também tiveram que entregar seus celulares à polícia. A quebra do sigilo de dados foi autorizada.

Na ocasião do acidente, a defesa de Fernando Filho afirmou que entrou em contato com a família da vítima para prestar solidariedade e toda a “assistência necessária”. “Obviamente, a perda não será reparada, mas minimamente prestaremos amparo necessário neste momento de tal fatalidade”, diz nota dos advogados.

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